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Iran analisa conjuntura da política antirracismo com professores da rede municipal de Capela

Por Assessoria Parlamentar

Na condição de membro da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese), o deputado estadual Iran Barbosa, do PT, participou da sétima edição do Projeto da Consciência Negra, realizado na Escola Municipal Professora Débora Cruz Santos, no Quilombo Canta Galo, localizado no município de Capela.

Na ocasião, o parlamentar dialogou com professores e professoras da rede municipal de ensino sobre “a atual conjuntura da política antirracismo”, dividindo a mesa com a auditora fiscal do Ministério do Trabalho e Emprego, Roseniura Santos, que tratou do tema “Afrodescendentes e a Política Trabalhista”, e com o professor Joel Almeida, que discutiu o tema “Ações afirmativas e cotas raciais”. A atividade contou com a presença da prefeita da cidade, Silvany Mamlak.

Em sua fala, Iran Barbosa, que é professor de História, destacou que para compreender a conjuntura do País no que diz respeito às políticas antirracismo e entender o momento atual, é preciso fazer um resgate da formação histórica nacional em relação às populações afrodescendentes. O parlamentar lembrou que o Brasil vem de uma matriz colonial e escravocrata, sendo o último país da América a abolir a escravidão, tendo uma elite que sempre resistiu a isso.

“Nossa elite sempre foi racista e se sustentou na tradição e na cultura da exploração do trabalho escravo, e essa mentalidade está presente até hoje em muita gente. E essa mesma elite impõe a sua mentalidade escravocrata e racista em todos os lugares: no Estado, nas igrejas, escolas e principalmente, pelos meios de comunicação. Portanto, esse traço estrutural acaba estando muito presente em toda a nossa sociedade”, aponta.

Iran também lembrou que o fim da escravidão não redundou no fim da exploração dos negros, porque não houve políticas compensatórias, o que exigiu dessa população muita resistência através dos anos, com suas lutas, sua cultura, sua religiosidade e tantas outras formas de resistência, não se dobrando a imposições das elites brancas nacionais.

“O que precisamos lembrar é que, a despeito de toda essa resistência, o racismo persiste no Brasil, ao contrário do que muitos tentam idealizar; muitos negros enfrentam todos os dias o racismo velado, que é muito mais violento, em certos casos, que o racismo aberto”, sublinhou.

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