Por Habacuque Villacorte – Rede Alese
Um dos expositores presentes no lançamento da Frente Parlamentar em Defesa dos Micro e Pequenos Empreendedores sergipanos, na Assembleia Legislativa, o superintendente do Sebrae, Paulo do Eirado, pontuou que o maior desafio não está em lutar pelo “empreendedorismo da necessidade”, mas pelo “empreendedorismo da oportunidade”. Ele entende que é as conquistas só se concretizarão a partir da união de forças de todos os setores envolvidos.
Inicialmente, Paulo avaliou que a Frente Parlamentar está em sintonia com o trabalho já desenvolvido pelo Sebrae. “É discutir políticas públicas, encontrar exemplos vivos da realidade e manter um diálogo permanente com a Assembleia. Muitos vão empreender apenas por necessidade. A crise empurra as pessoas a formar negócios precipitados, sem um estudo aprofundado, desvinculado da vocação da pessoa”.
Para ele esse é o “empreendedorismo da necessidade”, que ele avalia não ser o ideal, mas sim aquele em que as pessoas empreendem pela oportunidade, por encontrarem um espaço em que possam ocupar para terem sucesso. “A mortalidade das empresas atrapalha, inclusive, o trabalho do Sebrae, nos impede de deslanchar muito. Em dois anos 30% das empresas fecham as portas. É um dado assustador. Se fosse um índice de mortalidade infantil, por exemplo, seria um caos absoluto”.
Jucese
Por sua vez, o secretário da Junta Comercial de Sergipe (Jucese), Alex Souza, entende que a realidade brasileira para o empreendedorismo tem que passar pela Educação. “É comum a gente discutir a dificuldade para se empreender no Brasil. A Educação é basilar e por que não trazer uma Educação prática, e não apenas teórica, no ensino fundamental e no ensino médio? E no ensino superior?”, disse ele, acrescentando que os estudantes saem das universidades sem base alguma para empreender e a primeira coisa que fazem é buscar emprego.
Ele disse ainda que a Jucese se colocou à disposição para tentar auxiliar, com a Frente Parlamentar em Defesa dos Micro e Pequenos Empreendedores, nos processos de desburocratização e facilitação no processo de formalização dessas empresas, gerando emprego, renda e arrecadação para o Estado, além do desenvolvimento social. “Sem essa formalização, não se tem acesso a crédito, que se daria por pessoa física, o que muito mais complicado, sem contar os limitadores de teto do empréstimo”.