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Idosos expõem na Alese problemas por falta de políticas públicas

Por Ascom Parlamentar

Na manhã desta segunda-feira, 30, dezenas de idosos compareceram à Assembleia Legislativa para acompanhar a audiência pública “O Dever das políticas públicas em abençoar a melhor idade”. E nas histórias contadas no Parlamento ficou evidente o quanto essa parcela da população sofre com a falta de atenção do poder público.

Participaram da audiência a deputada estadual Kitty Lima, Cidadania, Durval Andrade, presidente do Conselho Estadual da Pessoa Idosa, Maria José, presidente do Conselho Municipal da Pessoa Idosa, Dra. Juliana Santana, médica geriatra, o delegado Gabriel Nogueira, responsável pela pessoa idosa na Delegacia de Grupos Vulneráveis (DAGV). Durante o evento, aconteceram as apresentações de um grupo de samba de roda formado por idosas do Bairro Santa Maria, Aracaju, e também do Coral da Assembleia Legislativa.

Abandono, falta de apoio, dificuldades de acesso a uma saúde de qualidade, desrespeito e até violência doméstica – vários são os problemas enfrentados por esse segmento, assim como vários são os relatos de descasos com os idosos. A dona Maria Gilsa foi uma das que apresentou na audiência seu testemunho do sofrimento enfrentado no dia a dia.

“O idoso é menosprezado até mesmo nas unidades de saúde. A semana passada, uma idosa de nosso grupo caiu em frente ao posto de saúde. Foi até lá buscar ajuda e as atendentes informaram que não poderiam fazer nada. Essa é uma das situações que os idosos passam. Faço um apelo aos parlamentares que olhem com bons olhos os nossos idosos, pois podemos muito bem ajudar”, apelou.

Durval Andrade, presidente do Conselho Estadual da Pessoa Idosa, disse que a falta de políticas reflete diretamente na qualidade de vida da pessoa idosa. “Sofremos em várias áreas. Queremos ter apenas o direito de sobreviver, pois envelhecer é um direito do cidadão. E oferecer e garantir esse direito é papel do poder público”, criticou.

O presidente analisou que um dos motivos desse descaso é que muitos recursos se perdem antes de chegar no seu destino, que seria a promoção de políticas. “A situação é diferente do que a gente recebe do poder público. O que precisa acontecer? Mais quantidades ou recursos que efetivamente cheguem para políticas públicas que precisam acontecer. Os recursos precisam ser canalizados para isso”, destacou.

A médica geriatra Juliana Santana destacou que os brasileiros vêm envelhecendo nos últimos anos. “Atualmente o Brasil possui cerca de 26 milhões de idosos, perfazendo 13% da sua população e sendo a 6º maior população de idosos no mundo”, revelou. E a tendência é que esse número aumente ainda mais. “A expectativa é de que até 2030 teremos mais idosos do que crianças. Por isso a importância desse debate”, afirmou a médica.

A iniciativa da audiência foi do deputado estadual Georgeo Passos, Cidadania. O parlamentar lembrou que a cada dia que passa a população brasileira envelhece mais e lamentou que as políticas públicas não tenham acompanhando essa mudança. “É uma parcela da sociedade que logo será maioria, mas que está sofrendo muito pela falta de atenção dos governantes”, assegurou.

“Hoje, ficou evidente nos relatos apresentados a inexistência dessas políticas. Precisamos urgentemente rever isso para melhorar a qualidade de vida dessas pessoas. Esperamos ter contribuído com isso através da realização desta audiência, pois buscamos trazer debatedores para chamar a atenção do poder público sobre essa problemática”, completou Georgeo.

Dia do Idoso

Georgeo é autor da Lei nº 8.540/2019 que instituiu o dia 1º de outubro como o Dia Estadual do Idoso e a primeira semana do mesmo mês como a Semana Estadual de Valorização da Pessoa Idosa. O parlamentar analisou que iniciativas como essa colocam o público da melhor idade no centro das discussões sobre as políticas públicas voltadas para eles mesmos.

“É necessário institucionalizar os fóruns e espaços de debates com foco na elaboração de estratégias e programas de promoção da qualidade de vida da pessoa idosa. É um reconhecimento e uma medida de justiça e respeito à trajetória de homens e mulheres que dedicaram suas vidas às famílias e a toda a sociedade sergipana, contribuindo, inclusive, para o desenvolvimento econômico, social e cultural desta terra”, finalizou o deputado.

 

 

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