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João Daniel diz que Reforma da Previdência atende a bancos e ricos

Por Kelly Monique Oliveira – Rede Alese

Dando continuidade à rodada de entrevistas com parlamentares sergipanos em Brasília (DF) sobre os mais variados temas que serão discutidos no próximo dia 9 de agosto no ParlaNordeste (Encontro de Presidentes de Assembleias Legislativas dos Estados do Nordeste), no plenário da Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese), o entrevistado desta vez foi o deputado federal João Daniel (PT).

Na ocasião, o deputado que é contra a Reforma da Previdência da forma que está sendo colocada pelo Governo Federal destacou a falta de compromisso do ministro da Economia Paulo Guedes. Ele ressaltou ainda a ausência de projetos de desenvolvimento para o Brasil.

“Ele apresentou apenas um projeto que ele já havia implementado durante a ditadura de Augusto Pinochet, ex-presidente do Chile, quando foi ministro, quando aconteceu uma reforma da previdência do Chile, onde idosos passaram a ganhar menos de um salário mínimo e outros se suicidaram porque ele fez uma reforma de interesse dos bancos. A reforma que ele apresentou aqui para o Congresso Nacional, entre os mais graves problemas, é a desconstitucionalização, onde quer quebrar o capítulo de seguridade social da constituição, que garante uma das conquistas mais importantes da nossa constituição de 1988, que é a assistência social, previdência pública e saúde”, colocou.

Além disso, João Daniel frisou que não tem uma organização do trabalhador no Brasil a favor de uma Reforma da Previdência que interessa apenas aos bancos, aos ricos e que ajudará a quebrar a economia e enfraquecer os municípios e estados.

“Da forma que esta sendo proposta, no mínimo, e como se tem melhorado, aumenta a idade do trabalhador e diminui o salário. Como exemplo, se um comerciário se aposenta hoje com a proposta que foi aprovada, ele perderá 30% do salário. Perguntei a todos que debatem a reforma da previdência qual é a arrecadação da  seguridade social, saúde, assistência social e previdência, qual é? O governo proibiu, inclusive, o congresso de ter as fontes e as informações. Então não tem previdência que se sustente em um país que a economia está abaixo de zero”, colocou.

Na oportunidade, ele destacou que não precisa discutir a previdência e, sim, como resolver um problema que iniciou no final de 2014 com um golpe no Brasil, quando se tirou uma presidenta eleita em 2016, democraticamente, para fazer a reforma trabalhista e aprovar o congelamento dos investimentos por 20 anos, com a Emenda 95, e concretizar com a Reforma da Previdência que Temer não conseguiu fazer.

João Daniel ressaltou que a proposta do presidente Bolsonaro desconstroi, totalmente, a previdência. “A Câmara dos Deputados ao analisar e debater com grande mobilização da sociedade brasileira e da oposição fez várias modificações. Todas as modificações que foram feitas entre elas retirar a idade do trabalhador rural, desconstitucionalização, são algumas diminuição das maldades, mas a reforma prejudica os municípios, os estados e a população brasileira”, ressaltou.

Pobre x Rico

Ainda sobre a Reforma da Previdência, João Daniel destacou que o Congresso Nacional se divide entre os ricos e aqueles que defendem o pobre ou quem tem compromisso com o trabalhador. “Todos os parlamentares que têm compromisso econômico, em minha opinião, estão certos e votam à favor dos seus interesses porque foram eleitos e lá defendem as grandes empresas e os bancos. Agora, João Daniel, não pode votar e outros dois por Sergipe, também não podem porque se fizer a categoria que eles representam não os elegem mais para nada”, salientou.

Reforma Tributária x Serviços Públicos

Sobre a Reforma Tributária, João Daniel destacou que não é para ajudar aos ricos a pagarem mais impostos. “Eles querem diminuir para os ricos e esse será um grande debate. E depois vem a reforma do serviço público, quer demitir servidores automaticamente sem nenhum critério para o fim dos serviços públicos. O governo quer defender que os serviços públicos devem ser terceirizados e não pode ter estabilidade. Então é o fim do estado brasileiro o que esse governo está propondo”.

Fotos: Júnior Matos

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