O deputado estadual Antônio dos Santos (PSC) defende que as autoridades constituídas devem ter uma atenção especial para a situação das barragens e represas espalhadas por todo o Brasil no sentido de evitar tragédias como na última sexta-feira (25), na Cidade de Brumadinho, região metropolitana de Belo Horizonte/MG, quando a Barragem da Mina Córrego do Feijão rompeu, atingindo milhares de famílias.
O parlamentar lamentou que a maioria dessas barragens no segmento da mineração não são feitas com base em concreto. “Não são estruturas firmes como acontecem nas barragens de eletrificação, mas amontoados de terra e quando aquilo se desprende, a gente presencia catástrofes como Mariana e Brumadinho, em Minas Gerais. Infelizmente a tendência é que isso se repita em outras áreas por causa da própria formação dessas barragens”. 7
Em seguida, o parlamentar defendeu que os órgãos responsáveis intensifiquem as fiscalizações sobre essas barragens ligadas ao sistema de mineração do Brasil. “Várias falhas estão sendo registradas e resultando em tragédias, com vida ceifadas, com famílias destroçadas. Isso é muito perigoso e não dá para ficar de braços cruzados diante desses desastres! Eu confesso que tenho desligado a televisão nos noticiários para não assistir tanta tristeza”.
Antônio dos Santos diz que fica chocado em lembrar que pessoas estavam almoçando e conversando tranquilamente sobre assuntos diversos no momento em que a barragem se rompeu e nada puderam fazer. “Famílias foram enterradas vivas dentro daquele lamaçal. O Brasil precisa rever o plano de instalação desses reservatórios. Estive na China e percebi o potencial de exportação dos minérios, mas essas tragédias geram um dano ambiental incalculáveis, além de vidas ceifadas que não têm preço”.
Por fim, o deputado chamou a atenção para os reservatórios de Sergipe. “Aqui no nosso Estado os reservatórios são feitos de concreto, são as adutoras que atendem a população e fazem a irrigação, mas é preciso acompanhar de perto esses tremores que se intensificaram na região de Malhador, até para preservar as estruturas das barragens que temos naquela área. Tem que ficar vigilante aos reservatórios que não são de concreto. É preciso saber se há ou não risco de transbordamento ou rompimento”.
Por Habacuque Villacorte – Rede Alese
Foto: Jadílson Simões