Em aparte ao pronunciamento feito pelo deputado estadual Georgeo Passos (REDE) sobre o suposto uso indevido dos recursos do ICMS dos municípios pelo Governo do Estado, o também deputado Capitão Samuel (PSC) se revelou solidário e questionou sobre a aplicação do Fundo de Combate à Pobreza.
Samuel parabenizou Georgeo pelo esforço em buscar dados técnicos que confrontem o que diz o governo do Estado. “Em todos os seus questionamentos aqui na Alese, foram apresentados dados técnicos, subsidiados por sua assessoria. Temos que ampliar esse debate sobre o ICMS dos combustíveis”.
“No Rio de Janeiro, que é muito pior que Sergipe, eles reduziram a alíquota do imposto pensando no pai de família que tem que pagar R$ 100 em um botijão de gás, que precisa abastecer o veículo para ir trabalhar ou no aumento perverso da tarifa do transporte coletivo que virá por aí”, completou Samuel.
O deputado ainda disse que o Estado do Mato Grosso fez o mesmo. “Quatro Estados da Federação estão avaliando se é possível reduzir a alíquota e compensar a arrecadação com o aumento do consumo. Acredito que Sergipe também possa fazer esse estudo”, defendeu.
Pobreza
Em seguida, Samuel lembrou do Fundo de Combate à Pobreza criado pela Assembleia Legislativa. O parlamentar questionou a aplicação dos recursos pelo Governo do Estado. “Temos 2% para o Fundo, o que equivale a quase R$ 80 milhões por ano e o que vem sendo feito? A pobreza aumentou por aqui, a desigualdade também, assim como o abandono dos dependentes químicos e das crianças!”.
“Criamos o Fundo de Combate à Pobreza, mas cadê os resultados? O povo pobre continua sendo humilhado e sofrendo. O Governo de Sergipe não investe um centavo no acolhimento dessas pessoas. Em Alagoas, a gestão usa os recursos para fazer a prevenção às drogas. E onde está esse dinheiro?
Desemprego
Ainda no aparte ao pronunciamento feito por Georgeo Passos sobre as finanças do Governo, Capitão Samuel alertou para o desemprego no setor de vigilância privada. “Quando o governo decide reduzir gastos é algo louvável, mas você não pode reduzir as despesas em cima do pobre, do cidadão que só tem aquele emprego para sustentar a família. De dezembro para cá já tivemos mais de 300 demitidos em empresas de vigilância”.
Em seguida, Samuel disse que tem empresas que estão, praticamente, fechando as portas, por conta da crise. “Empresas do setor de vigilância estão falindo, fechando as portas. Temos que mais de dois mil vigilantes percam seus empregos e passem para a linha de pobreza. Se quer economizar, que reduza os jetons, os cargos comissionados e outras despesas. E não tirar o emprego das pessoas. As empresas estão demitindo e vão demitir muito mais”.
Por Rede Alese
Foto: Jadílson Simões