Falar em transplante de órgãos no Brasil, para muitas famílias, ainda é um tabu. Sergipe não difere muito do contexto nacional. Para entender melhor os números relacionados aos transplantes de órgãos em Sergipe e fomentar ações e medidas que esclareçam e estimulem essa prática no Estado, a deputada Sílvia Fontes esteve na manhã desta terça-feira, 22, na Central de Órgãos de Sergipe e na Secretária de Estado da Saúde.
Na Central de Órgãos de Sergipe, Sílvia foi recebida por Benito Fernandez, enfermeiro coordenador da Central de Transplantes do Estado, e a enfermeira Ana Paula Rocha Barrel Machado, coordenadora da Organização de Procura de órgãos de Sergipe (OPO). De acordo com informações da Central de Transplantes do Estado, o índice de recusa familiar para a doação de órgãos aqui no Estado ainda é muito alto, aproximadamente 70%.
“Campanhas que esclareçam e estimulem a doação de órgãos ainda são espaças aqui no Estado. Isso se reflete nos números de famílias que permitem a doação de órgãos de seus entes queridos. Se faz necessário urgentemente pensar em ações efetivas no propósito de divulgar a importância desse gesto que pode salvar a vida de quem espera na fila da Central Nacional de Transplantes”, observou a deputada.
No encontro com a deputada, Benito Fernandez trouxe algumas informações importantes sobre a doação de órgãos. “A doação pode ser de órgãos (rim, fígado, coração, pâncreas, e pulmão) ou de tecidos (córnea, pele, ossos, válvulas cardíacas, cartilagem, medula óssea). Aqui no Estado uma das maiores demandas está relacionada a pacientes renais, entre 40 a 50% dos pacientes que fazem diálise estão na fila do transplante”, explicou o enfermeiro coordenador da Central de Transplantes de Sergipe.
Segundo dados da Secretaria de Saúde de Sergipe, em 2017 foram realizados em 112 transplantes de córnea, um de coração e foi feito também a captação de múltiplos órgãos (rins, fígado, coração e córnea) em quatro doadores, e disponibilizados para a Central Nacional de Transplantes, que faz a redistribuição dos órgãos.
Em conversa com o secretário interino da Saúde, Valberto Lima, Sílvia Fontes transmitiu as demandas e dificuldades enfrentadas pela Central de Transplantes do Estado e conseguiu viabilizar uma reunião realizada na tarde desta terça-feira, na nova sede da Secretaria de Estado da Saúde, entre o secretário e o coordenador da Central de Transplantes de Sergipe.
“Esta reunião vai permitir um estreitamento na relação entre a Central de Transplantes e a Secretaria de Saúde para a busca de soluções no que diz respeito aos problemas encontrados e principalmente para que a esperança dos pacientes na fila por um transplante em Sergipe seja reascendida”, enfatizou Sílvia Fontes.
Por Assessoria