Dentro da programação da TV Alese, nessa segunda-feira (21), o coordenador da Coppir (Coordenação de Promoção de Políticas de Igualdade Racial) da secretaria de Estado da Mulher, Inclusão e Assistência Social, do Trabalho e dos Direitos Humanos (Seidh), Eudes Carvalho, destacou a necessidade de se promover um debate mais amplo sobre a reinserção dos presos no meio social e também aproveitou para promoções as ações da Pasta voltadas para a igualdade racial.
Na entrevista, Eudes Carvalho externou um levantamento que tem feito dando conta que a maioria dos presos no sistema prisional são negros e pobres. Ele cobrou um debate mais amplo sobre o assunto e pontou uma preocupação: a reinserção social. “Uma coisa é reinserir. Outra coisa é devolver. É preciso ter um olhar diferenciado para as pessoas que estão naquele convívio, dentro do sistema carcerário. É importante lembrar também que não são apenas eles que são vítimas do preconceito, mas seus familiares. Tem sempre a mãe do preso, a esposa do preso”.
O coordenador destacou o programa voltado para presos do sistema semiaberto com cursos profissionalizantes. “Com certificados todo mundo vai sair ganhando. A ideia é prepara-los para serem reinseridos na sociedade. O ideal é que o próprio Estado separe uns 15 dias por mês para aulas práticas com detentos do regime semiaberto. A cada três dias de trabalho eles ganham um dia de redução da pena. Além disso tem o aprendizado que será aplicado na sociedade”, disse, sugerindo parcerias público-privadas para promover os trabalhos e cursos profissionalizantes.
Ações
Em seguida, o coordenador destacou o empenho do secretário Zezinho Sobral e do governador Jackson Barreto para que se promova no Estado políticas de igualdade racial. “Avançamos muito na luta contra o racismo e a favor da igualdade racial. Foram ações bastante pontuais no sentido de promover o debate sobre as desigualdades sociais, racismo e mérito e justiça social. Sobre os ciganos, por exemplo, temos registros em Japoatã, Umbauba, Ilha das Flores e Lagarto. Infelizmente eles são muito discriminados. As pessoas os têm como marginais e chegam a trocar de calçada. É preciso ter respeito com a cultura deles e manter a tradição de algo que é muito rico e muito bonito”.
Por Agência de Notícias Alese
Foto: Jadílson Simões