Para a deputada, medida penaliza pacientes que precisam de medicação de uso contínuo
A deputada Maria Mendonça (PP) lamentou a disposição do governo federal em continuar desativando as unidades da Farmácia Popular do Brasil em diversos municípios brasileiros. “É uma medida desumana e que gera sério prejuízo à população carente que tinha nessas farmácias, a condição de comprar medicamentos de uso continuado com até 90% de desconto; em outros casos, o remédio era adquirido gratuitamente”, ressaltou Maria.
Já prevendo o dano que seria causado à população, no final de 2015, Maria Mendonça apresentou a Moção de Apelo 21/2015, endereçada ao então presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros (PMDB/AL), para que não aprovasse um corte de R$ 578 milhões dos recursos do Programa, previsto na proposta orçamentária de 2016.
“Infelizmente, no início deste mês, o Diário Oficial da União publicou portaria desabilitando 236 (das 500) unidades da Farmácia Popular, em todo o país”, reclamou Maria, acrescentando que o programa alcançou grande parcela da população que tinha dificuldade de comprar o medicamento por conta dos altos preços. “Essa medida revela a falta de sensibilidade do governo”.
Para ela, o fim do programa não afeta somente os que necessitam da medicação, mas também as estruturas públicas, em particular, as Secretarias de Saúde que terão dificuldades para administrar as demandas, já que os pacientes crônicos terão que recorrer às unidades básicas de saúde para ter acesso a remédio de uso contínuo.
A Farmácia Popular contava com uma rede de aproximadas 35 mil farmácias e atende a mais de 4.300 municípios brasileiros.
Por Ascom Parlamentar