Na manhã desta quinta-feira, 9, o secretário estadual de Saúde, Almeida Lima, e o procurador do Ministério Público Federal, Ramiro Rockenbach, estiveram na Assembleia Legislativa para participar do grande expediente, onde prestaram esclarecimentos sobre um acordo judicial firmado em dezembro de 2015 entre a Secretaria de Saúde e o MPF/SE para mudanças na Fundação Hospitalar de Saúde (FHS).
O deputado estadual Georgeo Passos (PTC), líder da oposição na Alese, acompanhou a fala do secretário e fez alguns questionamentos. Preocupado com a possibilidade de extinção da FHS, o parlamentar quis saber como ficaria a situação dos servidores que prestaram concurso para o órgão.
Almeida tratou de tranquilizar sobre o tema. “Não há nenhum problema de demissão, seja lá qual for o destino final da Fundação. Não há essa política”, garantiu. Georgeo lembrou que a Secretaria de Saúde recebe cerca de R$ 1 bilhão em recursos por ano – um volume considerado grande. Por isso, para ele, o que falta é gestão na área.
“No ano passado, o Estado gastou com saúde 12,15% da sua receita. Em compensação, como vimos, os sergipanos estão morrendo. Ou seja, não é falta de recursos e sim falta de gestão”, comentou.
Almeida Lima informou na sessão que deverá exonerar cerca de 300 funcionários em cargos de comissão como forma de enxugar a folha salarial na FHS. Segundo ele, isso representará uma economia de R$ 1,5 milhão por mês. Georgeo criticou o fato de somente agora um gestor ter a coragem de fazer esse corte. “Era algo que deveria ter sido feito antes. Por que não fizeram? Tantos cargos de comissão denotam a possibilidade de aparelhamento da Fundação”, afirmou.
Além disso, o deputado questionou o secretário sobre a conclusão da reforma do Hospital Regional de Glória, sobre o repasse de convênio firmado entre a Secretaria e a Prefeitura de Ribeirópolis, sobre as melhorias no Hemose e sobre o reajuste salarial dos funcionários da FHS, que estão há quatro anos com o mesmo salário.
Por Assessoria Parlamentar
Foto: Jadilson Simões/Alese