O deputado estadual Antônio dos Santos (PSC) ocupou a tribuna da Assembleia Legislativa, na tarde dessa segunda-feira (20), para destacar a luta da Unale (União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais), mais precisamente do Colegiado de Presidentes das Casas Legislativas, na busca por uma proposta que garanta o “bom senso” às Reformas da Previdência e Política.
Além da reunião da diretoria da Unale, o deputado representou a Assembleia Legislativa de Sergipe e o deputado estadual Luciano Bispo (PMDB) no Encontro do Colegiado de Presidentes que também ocorreu em São Paulo (SP). Na reunião, Antônio dos Santos disse que fez uso da palavra e tratou da Reforma da Previdência.
“Aproveitei para apontar para a responsabilidade das Assembleias Legislativas. Me dirigi aos presidentes, ressaltei a grandiosidade da Unale, com 1.059 deputados estaduais e 27 Casas Legislativas, de homens públicos neste País. Não podemos ficar calados diante de reformas tão agressivas como estão colocadas no Congresso Nacional”, explicou o deputado sergipano.
Antônio dos Santos disse ainda que o presidente da Assembleia Legislativa do Mato Grosso do Sul aproveitou a discussão para fazer uma ligação para o presidente da Comissão e formou-se um debate, aberto e transparente, entre todos os presentes. “Na mesma hora ele disse que queria nos receber e eu me manifestei dizendo que a Unale precisa apresentar uma proposta com relação a esta situação. O Congresso Nacional tem 81 senadores e 513 deputados, mas nós somos 1.059 deputados estaduais, que pensam, representam e propõem do mesmo jeito”.
O deputado explicou que foram agendadas reuniões com o presidente e com o relator da Comissão da Reforma da Previdência. “Foi aberto um prazo muito curto para a apresentação de emendas e a Unale deve formar uma comissão com propostas para apresentarmos lá. Vamos elaborar sugestões, preparar um documento e levar para o Congresso Nacional”, disse Antônio dos Santos, revelando que foram pedidas audiências com os presidentes da Câmara dos Deputados, do Senado Federal e com o presidente da República, Michel Temer (PMDB), para receber a Comissão da Unale.
“Nós precisamos nos manifestar de uma forma direta com o impacto destas reformas para o povo brasileiro. A forma como querem engessar a previdência é complicada! Colocar o trabalhador para ficar 49 anos trabalhando para ter direito ao regime da Previdência completa? Temos que encontrar um meio-termo, chegar a um bom senso! Os presidentes das Assembleias ficaram sensíveis e nós saímos do Encontro motivados”, completou o deputado.
Apartes
A deputada estadual Ana Lúcia (PT) defendeu que se ouça as propostas da sociedade civil e que a Assembleia Legislativa de Sergipe chegue a um consenso. “Nós não fomos eleitos para decepcionarmos a população. Temos que aprender a ouvir a popular e assegurar aquilo que já foi conquistado. Precisamos avançar dentro de um consenso da Casa. No dia 15 de Março teremos a paralisação geral de todos os trabalhadores no País”. A deputada Maria Mendonça (PP) também destacou o papel da Unale e a necessidade de se rever alguns pontos das Reformas como estão sendo colocadas. “Nós, enquanto representantes da sociedade, temos que assumir esta defesa e assumir a preservação dos direitos de todos”.
Da Agência de Notícias Alese
Foto: César de Oliveira
