Conquista da Constituição Federal, o pluripartidarismo foi uma das conquistas do país que se acostumava com a democracia, mas que acabou se tornando um problema. Hoje o Brasil possui 28 partidos com representatividade. São 34 siglas atualmente em formação e 35 registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Esse foi um dos assuntos tratados por Gustavo Andrade, presidente da Comissão de Direito Eleitoral para Reforma Política da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SE) no Alese Notícias desta segunda-feira, 5.
Em entrevista à repórter Lillian Fonseca, Gustavo Andrade disse que a comissão foi criada com o intuito de mudar o foco das discussões em Brasília, colocando a população, e não a classe política, como protagonistas do processo. “A OAB tem como grande propósito permitir que a reforma tenha participação popular, reforçar a legitimidade de um plebiscito. Ou nós iniciamos um processo de reconexão do povo com aqueles que se dizem nossos representantes, ou nos estaremos cada vez mais desconstruindo nossa representação”. Para o presidente da Comissão de Direito Eleitoral para Reforma Política da Ordem da OAB-SE, é preciso que a população participe desse processo porque a política ainda é o caminho para as transformações, ‘para resolver suas próprias contradições’.
Partidos
A reforma política em andamento no Congresso, declarou Gustavo na entrevista à TV Alese, discute temas de grande relevância como mudanças nas regras políticas e eleitorais, financiamento de campanhas, o sistema de eleição e o fim das coligações partidárias. A reestruturação partidária, que pode reduzir o grande número de partidos existentes no país, foi um dos assuntos tratados. “A quantidade de partidos hoje no país ultrapassa e muito a necessidade. Os partidos cumprem um papel corporativo e de interesses particulares e, portanto, é preciso que nós reestruturamos a forma como se faz representação política no país”, observou.
Texto: Agência Alese de Notícias
Foto: Jadilson Simões