Hoje comemora-se o Dia do Citricultor, uma data que em Sergipe é lembrada na maioria dos municípios do Centro Sul. O último levantamento o Nordeste é a segunda maior região produtora do país, com 121.498 hectares de área colhida, produzindo 1.858.781 milhão de toneladas de frutos, com rendimento médio de 15,3 toneladas/hectare (IBGE, 2014). Responde por aproximadamente 10% da produção nacional de citros.
Bahia e de Sergipe se destacam com 90% de toda área plantada do Nordeste, ou seja, com 68,8 mil e 57,6 mil hectares plantados, respectivamente. Sergipe é considerado o quarto produtor de citros, com uma produção de aproximadamente 840 mil toneladas de frutos, sendo a maior quantidade de laranjas com 822 mil toneladas em 56,3 mil hectares, seguidos de limão (limas ácidas) com 11 mil toneladas em 857 hectares e tangerinas com 6,5 mil toneladas em 420 hectares.
Os pomares estão concentrados em aproximadamente 11.000 estabelecimentos agropecuários, a maioria de base familiar, localizados predominantemente no Sul do estado, na região dos Tabuleiros Costeiros, ocupando uma área de 5,4 mil Km2. A economia da região já foi impulsionada pela citricultura, mas a crise que vem se arrastando afetou a citricultura sergipana desde a década de 90, com um agravamento progressivo a partir de 2000. Um setor cuja importância para a economia agrícola do estado de Sergipe foi crucial, tanto no que diz respeito ao aspecto modernizador da agricultura como na geração de emprego, renda e arrecadação de impostos, a citricultura vive um processo de degeneração e empobrecimento jamais visto.
As tentativas de revitalização da atividade, pelos governos estaduais, não conseguiram modificar a gravíssima situação de milhares de pequenos citricultores endividados e colhedores de laranja. O avanço da praga da mosca negra nos pomares de laranja do centro-sul de Sergipe causou o desemprego de mais de 60 pessoas que vivem do cultivo da fruta.