Uma alegoria que ilumina as noites no período junino, fortalece a cultura e raízes sergipanas, bem como, atrai os olhares curiosos e atentos de sergipanos e turistas. Este são aspectos do Barco de Fogo que desde o ano de 2011 tem um dia todo dedicada a ele, o 11 de junho. A data foi instituída pela Lei Nº. 7.301/2011, que também o incluiu no calendário oficial de eventos do Estado de Sergipe.
O barco de fogo é uma alegoria pirotécnica muito utilizada no período dos festejos juninos. Todo o seu processo de produção é feito de forma artesanal utilizando os serviços de carpintaria, engenharia e artesanato, além da criatividade do povo sergipano levando elementos típicos como as bandeirolas.
Muitos fogueiteiros ( artesãos responsáveis pela elaboração do barco de fogo) iniciam as produções durante os meses de abril e maio para exibi-los no mês de junho.
O barco de fogo também é reconhecido como patrimônio de Estado, por meio da Lei Nº. 7.690/ 2013. Já a Lei Nº. 8.650/2020, confere ao município de Estância, o título de “Capital Sergipana do Barco de Fogo”.
Como funciona
A exibição do barco de fogo é apontada por historiadores, visitantes e moradores como a atração mais aguardada na cidade de Estância. Ele tem aproximadamente um metro e é feito com madeira paraíba e papel colorido, e recheado com pólvora.
O barco de fogo é conduzido por um fio de aço, medindo trezentos metros, atravessa dois pontos da praça Barão do Rio Branco, em Estância, que permite que a alegoria em forma de embarcação, que mede aproximadamente um metro de comprimento, e possui armação de madeira recoberta com papel colorido, o que faz com que os foguetes na proa ganhem movimento
Além disso, uma roldana auxilia a navegação, deslizando sobre o cabo de aço. Enquanto isso, enquanto o barco alegórico vai e volta, o fogo queima girândolas e espadas que se transformam num rendilhado de fogo com isso o Barco de Fogo pode atingir uma velocidade média 80 km/h.
História
O barco de fogo foi inventado pelo fogueteiro Antônio Francisco da Silva Cardoso, conhecido popularmente como ‘Chico Surdo’, por volta do final dos anos 1930. A ideia foi ter um barco que navegasse sem as águas do Rio Piauitinga; foi aí que ele construiu um barco de papelão grosso, movimentando dois foguetes, que deslizava sobre um arame preso em dois mastros.
Foto: Governo de Sergipe