“Um bilhão de pessoas não têm acesso suficiente à água para atender necessidades diárias de consumo e higiene. Em 2018, 1,8 bilhão de pessoas terão carência absoluta de água”. Foi o que ressaltou a deputada estadual Ana Lúcia na tribuna da Assembleia Legislativa de Sergipe (ALESE) nesta terça-feira, 22, quando é comemorado o Dia Mundial da Água.
Em seu discurso, a parlamentar alertou a população para a crescente escassez de água doce no planeta, chamou a atenção para os altos índices de desperdício e apontou algumas alternativas para minimizar o problema.
Ana Lúcia ressaltou que ainda há água potável suficiente para a sobrevivência da população mundial, desde que nós passemos a utilizá-la de forma sustentável. “Da forma que estamos utilizando este recurso natural fundamental, em 2030 haverá um déficit de água para a humanidade de 40%. Isso é muito grave”, alertou a parlamentar, com base em dados da UNESCO.
Um dos maiores entraves na superação do problema da falta e má distribuição de água é o desperdício. Nos últimos anos, o uso da água potável cresceu o dobro do crescimento da população e, de acordo com relatório do Governo Federal, 37% da água tratada para consumo é perdida antes de chegar as torneiras da população.
“Em Sergipe, o índice de desperdício chegou em 59,7% em 2013, um dado alarmante e que chama a atenção para a necessidade de se intensificar as políticas de educação ambiental de forma urgente”, sugeriu Ana Lúcia, que é coordenadora da Frente Parlamentar em Defesa do Meio Ambiente, Segurança Alimentar e Comunidades Tradicionais da ALESE.
Reaproveitar para melhor utilizar
Como uma das alternativas de evitar o desperdício, Ana Lúcia sugeriu o reaproveitamento da água da chuva para o processo de irrigação. “Este é um desafio, que exige tecnologia. Mas nós já desenvolvemos estas técnicas. O que precisamos agora é educar a nós mesmos e a toda a população para que possamos ter o uso sustentável da água”, orientou.
Neste sentido, Ana Lúcia apresentou o Projeto de Lei 19/2016, que dispõe sobre a política estadual de Captação, armazenamento e aproveitamento de água pluvial. Se aprovado, o PL irá condicionar as edificações com mais de 300 metros quadrados à construção de mecanismos de reaproveitamento da água da chuva que captem e armazenem a água, tais como as cisternas.
O projeto foi construído em consonância com a Política estadual de meio ambiente, educação ambiental, recursos hídricos, saneamento básico e desenvolvimento urbano e passará a tramitar na Assembleia Legislativa.
Por Ascom parlamentar Ana Lúcia (Débora Melo)