Por Assessoria Parlamentar
Sempre atenta às demandas que envolvem a pecuária, a deputada estadual Janier Mota (PL) apresentou indicação na Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese) com o objetivo de promover a alteração da validade do Exame Negativo para Anemia Infecciosa Equina (AIE) e Mormo, bem como da Guia de Trânsito Animal (GTA) – documento oficial para transporte animal –, de 60 para 180 dias.
A baixa incidência da doença de Mormo em cavalos em Sergipe, por exemplo, conforme “Estudo Epidemiológico do Mormo em Sergipe: 2019” da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), publicado em 2020, permite estender o prazo de vigência dos exames de dois para seis meses.
“Conforme, justificamos em nossa indicação, somos cientes do dever público de fazer o controle das medidas sanitárias no que se refere a AIE e Mormo, mas devemos também levar em consideração a razoabilidade e bom senso, uma vez QUE em nosso Estado a doença não teve registro desde 2014, reaparecendo na zona da mata em 2019, somente em duas cidades”, reforça Janier.
“Os cavalos cada dia mais movimentam a nossa economia, sobretudo, em eventos como as vaquejadas, leilões. Por isso, enquanto defensora desta área, pedimos o olhar sensível do Governo do Estado, através da Secretaria da Agricultura, para que promova a alteração da validade dos exames. Pois, consequentemente, teremos mais animais testados e mais tranquilidade sanitária. Atualmente, com o prazo de validade de apenas 60 dias, fica muito custoso para os criadores, principalmente os pequenos”, apela a deputada.
É importante ressaltar que a indicação tem duas vertentes muito importantes para a pecuária de Sergipe: preservar a legalização dos animais, bem como a saúde, conforme asseguram o presidente da Associação Sergipana de Criadores de Cavalo Quarto de Milha (ASQM), Mauricio Oliveira, e o diretor da Associação Lagartense de Vaquejada (Alva), Nilbson Emanuel – responsável pela organização de vaquejadas no Estado.
“A importância de aumentar o prazo dos exames é gigantesca, porque hoje se tem um custo muito alto e a maioria dos vaqueiros, competidores, fazem um jeito de burlar e não fazer. Em média, o exame custa R$ 200. Ou seja, fazendo três num período de 180 dias se têm um custo de R$ 600 por animal. Por isso, temos certeza de que, com a ampliação da validade, todo mundo vai fazer, porque o custo vai diminuir absurdamente”, explica Nilbson Emanuel.
Nilbson chama atenção da importância de todos os animais estarem com exame em dia. “Às vezes, fazemos um investimento gigantesco num cavalo – tem cavalos hoje em Sergipe em atividade que custam mais de R$ 1 milhão – e, quando se está num evento, podemos perder esse animal, diante de outros que não fizeram o teste. Ou seja, com aumento do prazo, além de ter todo mundo agindo de maneira correta, vamos preservar a vida dos animais”, informa o diretor.
Tanto o diretor da Alva quanto o presidente da ASQM elogiaram Janier pela iniciativa. “A alteração da validade terá uma importância muito grande para os criadores, sobretudo, os pequenos. Por isso, só tenho a elogiar a deputada pela iniciativa de olhar para a classe de vaqueiros. Precisamos de mais pessoas para valorizar a nossa classe, pois cavalo dá muito emprego e renda”, afirma Maurício Oliveira.