Por Júnior Matos/ Agência de Notícias Alese
A deputada Lidiane Lucena
Estamos em agosto, mês voltado para o aleitamento materno e fortalecimento da amamentação. A ação criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) destaca a amamentação como importante ferramenta para o crescimento saudável e proteção das crianças. Em 2023, o tema escolhido para a campanha é: “Faça a diferença para mães e pais que trabalham”, e traz à tona a discussão sobre a continuidade da amamentação quando a mulher precisa retornar às atividades profissionais.
Consagrado como o melhor e mais completo alimento, o leite materno é fundamental para a saúde e o desenvolvimento de bebês – fortalece o sistema imunológico –, diminui os riscos de obesidade, de desenvolvimento de diabetes, casos de diarreia, infecções respiratórias, hipertensão e colesterol alto, além de reduzir em 13% a mortalidade por causas evitáveis em crianças menores de cinco anos.
A deputada Maisa Mitidieri
A amamentação iniciada logo após o nascimento do bebê pode diminuir a mortalidade neonatal, aquela que acontece até o 28º dia de vida, e para as mulheres reduz o risco de desenvolvimento do câncer de útero e câncer de mama.
De acordo com a médica, e deputada estadual, Lidiane Lucena (Republicanos), o aleitamento materno estimula a criação de uma conexão emocional profunda que se reflete em uma base segura para o futuro da criança. “É de fundamental importância lembrar ainda que não existe leite fraco; isso é uma lenda, uma mentira criada para desestimular as mulheres a persistirem na amamentação”, destacou.
Para a deputada Maísa Mitidieri (PSD), a campanha ‘Agosto Dourado’ vem ganhando força e mostrando a importância deste movimento. “Conscientização sobre o aleitamento materno vai muito além dos benefícios nutricionais do ato. Quebrar tabus, mostrar que essas mães não estão sozinhas, apoiá-las e respeitar os limites de cada uma é fundamental. Por isso que todos nós devemos abraçar essa causa”, disse.
Conscientização
O deputado Paulo Junior
O mês de agosto está ligado a temas que mexem com a mulher e que demandam políticas públicas. Na avaliação do deputado Paulo Júnior (PV), este tipo de movimento deve ser trabalhado de forma integrada, e além do mês de agosto.
“É fundamental o debate e o incentivo à amamentação, mas também é importante acolher essa mãe no período delicado que é o puerpério. Que as ações possam ser ampliadas, incluindo a saúde mental materna”, explicou o parlamentar.
O médico obstetra, e deputado estadual Manuel Marcos (PSD), também reforçou a importância do ato de amamentar e combater o preconceito. “Muitas mulheres tem medo de amamentar em público. É preciso entender que o ato de amamentar é um ato de amor. Amamentar fortalece o sistema imunológico da mãe e do bebê, aumenta o vínculo afetivo entre eles e outros inúmeros benefícios”, pontuou.
Bancos de Leites Humanos
Em Sergipe, os trabalhos desenvolvidos por Bancos de Leite, localizados nas cidades de Aracaju, Itabaiana e Lagarto, ofertam gratuitamente suporte e orientações para centenas de mães. Este público alvo, que enfrenta dificuldades no momento da amamentação, também recebe orientação pela equipe multidisciplinar formada por enfermeiros, médicos, e outros profissionais da saúde.
Deputado Dr. Manuel Marcos (PSD)
Já as mamães que desejam doar, elas devem ir ao Banco de Leite para receber as orientação da equipe multidisciplinar, e, logo em seguida, realizar a primeira doação.
Vale lembrar que as doações de leite humano posteriores podem ser realizadas na casa da mamãe doadora de leite.
Lei Estadual
Em 2015, foi aprovada na Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese) a Lei Estadual n 8.022, a qual dispõe sobre direito ao aleitamento materno (dar de mamar) em todo e qualquer estabelecimento localizado no Estado de Sergipe.
Foto: Ministério da Saúde
