31/5/2022
Por Wênia Bandeira/Agência de Notícias Alese
O deputado Dr. Vanderbal Marinho subiu à tribuna, nesta terça-feira, 31, para destacar o Dia Mundial Sem Tabaco. Criado em 1987 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a data busca alertar sobre doenças e mortes que são evitáveis e relacionadas com o tabagismo.
“O tabaco mata mais de oito milhões de pessoas no mundo todos os anos e sete milhões desses usuários utilizam o tabaco de forma direta, mas veja que interessante: mais de 1,2 milhão de pessoas que tem a morte relacionada com tabaco são pessoas que não são fumantes, são ditos fumantes passivos”, alertou o parlamentar.
As mortes são causadas por câncer, doenças cardiorrespiratórias e outras enfermidades causadas pelo cigarro. Doutor Vanderbal mostrou imagens no telão que mostram a diferença de pulmões de fumantes e não fumantes.
“Várias substâncias são encontradas no cigarro, entre elas, cerca de 250 são tóxicas ou cancerígenas, como formol que embalsama cadáveres, fósforo que é veneno para matar rato, arsênio que é um veneno potente. São substâncias que são liberadas quando se faz uso do tabaco”, detalhou.
Em 2022, o tema da campanha da OMS é ‘Tabaco: Ameaça ao Nosso Meio Ambiente’. O deputado disse que são diversas as formas de prejudicar a natureza por causa do cigarro.
“O meio ambiente é agredido de várias formas: árvores são cortadas para produzir tabaco, toneladas de emissões de CO2 e litros de águas são gastos nesse manejo”, falou.
A preocupação para este ano é também o cigarro eletrônico. O dispositivo, segundo o parlamentar, está se difundindo pelo Brasil, mesmo sendo proibido, desde 2009, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Nas últimas décadas, vinha acontecendo uma queda no número de consumidores, isso devido à proibição de propaganda pelos veículos de imprensa, a lei antifumo de 2014 e também porque a sociedade conhece o risco de doenças. Mas esta realidade está mudando.
“Foi um grande marco porque as pessoas começaram a vigiar quem está ao lado e olhar com um olhar apreensivo, então as pessoas diminuíram o consumo em locais públicos. Foi então a indústria procurou novas alternativas, vem criando produtos para atrair os fumantes, como os cigarros eletrônicos, com essências adicionais. São um perigo para crianças e adolescentes”, afirmou.
O cigarro eletrônico é uma forma de inalar o tabaco através de vaporizações (VAPs), mas os estudos demonstram que essas formas também são prejudiciais à saúde. Doutor Vanderbal ainda alertou que pode ser uma porta de entrado para o cigarro.
Nos Estados Unidos, os dispositivos têm provocado a internação de pessoas jovens em Unidades de Terapia Intensiva (UTI), devido a problemas pulmonares, Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC) e infarto. Ele lembrou que os VAPs podem provocar pequenas obstruções nas vias respiratórias, que podem levar à pneumonia.
Ele pediu também que seja realizada a divulgação de forma mais enérgica das doenças que são causadas e dos riscos que existem, além de aumentar o controle desses dispositivos eletrônicos com fiscalização na importação.
As declarações ocorreram durante o pequeno expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa de Sergipe.
Tratamento
Os fumantes que desejam abandonar o vício podem procurar ajuda médica, inclusive através do Sistema Único de Saúde (SUS). A dependência é uma doença que precisa de tratamento, segundo o deputado.
“Quem deixa de fumar, nos primeiros 20 minutos tem melhora na parte cardiocirculatória, em oito horas a oxigenação no sangue normaliza, em dois dias começa a sentir melhor os sabores, em cinco a dez anos volta a ter um aparelho respiratório igual aos não fumantes”, incentivou.
Foto: Jadilson Simões/Agência de Notícias Alese