Por Ascom Parlamentar
Pessoas com deficiências ocultas, como autismo, doenças de Cronh e transtornos, por exemplo, em geral, têm dificuldade de se manter por muito tempo em determinados locais, gerando tensões e nervosismo. O fato é que nem sempre esses comportamentos são compreendidos por quem está por perto. Para evitar constrangimentos, algumas comunidades internacionais já compreendem o alerta que é feito através de uma fita ou cordão verde, enfeitado por girassóis, garantindo agilidade na assistência e segurança a esses cidadãos que fazem uso do acessório.
Com o mesmo intuito, a deputada estadual Maria Mendonça (PSDB) protocolou na Assembleia Legislativa a Indicação 399/2019 sugerindo ao Governo de Sergipe que crie campanhas educativas, informando e destacando a importância da utilização do Cordão de Girassol em espaços públicos, a exemplo de aeroporto, rodoviárias, pontos turísticos, supermercados, dentre outros. “A ideia é propagar e conscientizar colaboradores desses locais que uma pessoa com o Cordão de Girassol precisa de atenção especial em virtude de sua deficiência oculta”, explicou Maria, acrescentando que a medida fará diferença na vida dessas pessoas, por se tratar de um instrumento de cidadania.
Em sua justificativa, ela citou que desde 2016, funcionários do aeroporto Gatwich, em Londres, criaram e fizeram do Cordão de Girassol um símbolo de apoio para pessoas com necessidades ocultas. Para a deputada, a campanha não apenas propiciará um olhar mais cuidadoso para os que enfrentam problemas de saúde ocultos e a idosos com dificuldade de locomoção, mas também, poderá influenciar que instituições e/ou repartições privadas, bem como órgãos públicos municipais, optem não apenas por disseminá-la, como também adotá-la no seu dia-a-dia.
“Esse movimento já existe há três anos, porém a maioria das pessoas o desconhece, contribuindo assim com o não alcance da sua finalidade. Portanto, faz-se necessária a propagação do significado da utilização do Cordão de Girassol por ser um importante vetor de inclusão e respeito ao próximo”, destacou. O uso do adereço, salientou a deputada, é também, “um lembrete sutil de que o prejulgamento tende a propiciar equívocos imensuráveis”.
Ela ressaltou que a orientação junto a funcionários e colaboradores é importante, mas a disseminação deve alcançar, também, toda a sociedade, mostrando a relevância do ato para que os sergipanos possam não apenas compreender o atendimento diferenciado que o outro esteja recebendo, mas, principalmente, mudar o seu comportamento diante de simples situações que têm importante relevância na vida dos seus próximos.