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22 de Agosto – Dia do Folclore

Folclore – A palavra tem origem no inglês, em que “folklore” significa sabedoria popular. Representa a identidade social da comunidade através de suas criações culturais, coletivas ou individuais; é parte essencial de uma cultura.

 
No Brasil, o Dia do Folclore foi oficializado em 17 de agosto de 1965 por meio do Decreto nº 56.747, assinado pelo então presidente Humberto de Alencar Castelo Branco e por seu Ministro da Educação, Flávio Suplicy de Lacerda. No texto do decreto há referência direta a William John Thoms e ao seu pioneirismo na pesquisa das culturas populares. Restrito a três artigos, o conteúdo do decreto determina o ensino do folclore como sendo de importância fundamental para a cultura do país.

 
Folclore Sergipano – São Gonçalo
Dança-ritualreligiosa destinada ao pagamento de promessas, dos vivos e dos mortos, de origem ou aculturação portuguesa. Inicialmente era apresentada no interior dos templos católicos, sendo proibida posteriormente por seu caráter mundano. São Gonçalo era um padre português que, preocupado em converter as prostitutas, aprendeu a tocar viola passando a “dançar com elas alegremente, mas tendo nos sapatos pregos que feriam os pés” (Câmara Cascudo, 1962). Cansadas, elas perdiam o interesse pelo “trabalho”, ele então aproveitava a oportunidade para pregar os princípios da doutrina cristã.

 
O culto a São Gonçalo foi trazido pelos portugueses no século VIII para a Bahia, espalhando-se diversas regiões do país com características próprias, tornando-se um dos ritos mais fortes do catolicismo rural. Em Sergipe, a dança e o culto se efetivaram no povoado Mussuca, município de Laranjeiras.

 
O grupo é formado por um patrão, que tira os cantos acompanhados pela caixa (instrumento), dois guias e vários integrantes, todos homens, dançando sempre em pares. A única mulher é a “Mariposa” que conduz o santo na procissão. Esta formação é uma característica própria do grupo da Mussuca, ou seja, em outras regiões a presença feminina é em maior número.

 
A influência do negro é muito forte nessa manifestação, tanto na coreografia, como na indumentária, mais colorida. Enquanto em outras regiões predomina o branco, na Mussuca o colorido das fitas e das estampas das saias fazem o grande diferencial.

 
A composição dos trajes é a seguinte: o Patrão apresenta-se em traje de marinheiro (São Gonçalo também foi marinheiro), com calça branca tendo uma fita vermelha, larga nas laterais e camisa também branca , com mangas compridas e punhos largos em azul marinho, a gola também neste tom com âncoras nas laterais, quepe de marinheiro azul e branco.

 
A mariposa, que é a única mulher, não tem vestes especiais. Os demais brincantes vestem calça branca, anteriormente era azul, sobre a calça uma saia estampada, com flores, até a altura dos joelhos e com babados, acabamento em bico de renda e na cintura elástico. Blusa cavada no pescoço, sem manga, também com acabamento em bico de renda. Um xale com fitas coloridas é usado atravessando o tronco da direita para a esquerda, colares, na cabeça um turbante branco completa a indumentária. Os músicos que acompanham o grupo não têm indumentária específica.
Por Luciana Botto – Agência de Notícia Alese e Blogspot http://efcodap.blogspot.com.br/
Foto: Divulgação

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