Por Assesssoria Parlamentar
Medidas e ações efetivas para reverter a hibernação e dar continuidade aos trabalhos operacionais da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen) em Sergipe foram discutidas em uma reunião com o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, nesta sexta-feira, 22, na presidência da empresa, no Rio de Janeiro. A audiência contou com a presença do deputado estadual Zezinho Sobral, do governador, Belivaldo Chagas, do deputado federal Laércio Oliveira, do senador por Sergipe Alessandro Vieira, o ex-governador Albano Franco e o secretário de Desenvolvimento Econômico, José Augusto.
“Foi uma reunião extremamente positiva e estamos otimistas. Abordamos diversas questões, tanto para a manutenção quanto para a possibilidade da Petrobras arrendar a Fafen para outras empresas e, assim, Sergipe voltar a produzir fertilizantes. A Petrobras está buscando parceiros para dar continuidade a Fafen”, sinalizou Zezinho Sobral.
Na audiência, o presidente Roberto Castello Branco explicou que o intuito inicial da Petrobras era vender a fábrica. Porém, surgiram três multinacionais interessadas no arrendamento e uma quarta empresa já está em fase de habilitação. Na ocasião, secretário José Augusto fez uma abordagem importante sobre a relevância da Fafen para o desenvolvimento de Sergipe e para a cadeia produtiva.
“A Fafen é importante para Sergipe, para Laranjeiras e todos os municípios que integram os Vales do Cotinguiba e do Japaratuba. Esta fábrica em funcionamento contribui significativamente para que o Brasil produza e exporte fertilizantes, fortaleça a cadeia produtiva, arrecade mais ICMS para Sergipe e gere mais empregos. A Fafen pode gerar mais de 5 mil empregos diretos e indiretos”, ressaltou o parlamentar, frisando que a próxima reunião acontecerá no dia 09 de abril, no Ministério de Minas e Energia, em Brasília.
Ainda segundo Zezinho Sobral, as perspectivas para Sergipe são as melhores. “O presidente da Petrobras vai rever a situação da Fafen diante da questão estratégica do Brasil continuar produzindo fertilizantes nitrogenados. Sergipe se tornou um grande atrativo por conta da Usina Termoelétrica Porto de Sergipe I, projeto das Centrais Elétricas de Sergipe (CELSE), em construção no município de Barra dos Coqueiros. O futuro de Sergipe é alvissareiro e promissor em termos de investimento na área de petróleo, gás e, também, de fertilizantes”, pontuou o líder do governo na Assembleia Legislativa.
Compromisso
A luta do deputado estadual Zezinho Sobral pela manutenção e permanência da Fafen vem desde 2018, quando iniciou um movimento junto às Câmaras de Vereadores dos municípios do Vale do Cotinguiba e do Vale do Japaratuba (em um total de seis Câmaras) e fizeram uma sessão conjunta com o governador Belivaldo Chagas para defender a fábrica, os empregos e os interesses de Sergipe. A unidade entrou em hibernação no dia 31 de janeiro de 2019.
A fábrica iniciou as operações em Sergipe em 1982 e, desde então, produzia fertilizantes nitrogenados para agricultura e pecuária, uréia, sulfato de amônio, ácido nítrico, gás carbônico e hidrogênio. A Fafen abriu portas para os avanços em Sergipe, à época, a exemplo da instalação do Terminal Portuário Ignácio Barbosa, no município de Barra dos Coqueiros, a construção da adutora do Rio São Francisco, entre outros.
“A Fafen-SE tem capacidade para produzir até 300 mil toneladas de sulfato de amônio por ano, exportando para todo o mundo. Este produto é importante para a agricultura. Com o fechamento da fábrica, a cadeia produtiva que depende da empresa estará afetada, todo o Vale do Cotinguiba estará comprometido, especialmente quem depende da unidade, a exemplo das misturadoras de fertilizantes aportadas na região, as transportadoras que empregam milhares de pessoas, etc. A Fafen-SE é fundamental para nossa economia porque produz fertilizantes que dão competitividade na agricultura familiar e no agronegócio”, afirmou Zezinho Sobral.
Foto: Divulgação/Ascom