O deputado Vanderbal Marinho (PTC), usou a tribuna no grande expediente durante a sessão desta terça-feira, 30, para destacar o Dia Mundial Sem Tabaco (comemorado em 31 de maio). Na oportunidade, ele afirmou que a dependência à nicotina é bem maior do que a maconha e a cocaína e que a esperança é de que o cigarro seja proibido como droga. Cerca de 25 milhões de brasileiros são fumantes e segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), 200 mil pessoas no país morrem por ano em decorrência do cigarro.
“Essa data criada em 1987 faz um alerta às pessoas quanto às doenças e as mortes relacionadas ao tabaco. Não é só o cigarro, charuto e cachimbo, mas todos os derivados do tabaco, que são prejudiciais à saúde, mas o cigarro porque é dessa forma que é utilizada de forma disseminada em todo o mundo, causando a epidemia”, ressalta.
Vanderbal Marinho passou slides mostrando que o tabagismo, que é o ato de fumar, causa dependência física, psicológica e comportamental. “As pessoas tendem a observar o cigarro como fator de risco para a saúde, é muito mais. O hábito de fumar é considerado já uma doença catalogada no Código Internacional de Doenças. O tabagismo é considerado uma epidemia silenciosa porque é uma droga lícita e se acostumaram como se fosse algo normal. No entanto, é uma droga que vicia, causa doenças e mata”, enfatiza.
Dados
O parlamentar informou que segundo a Organização Mundial de Saúde, cerca de 6 milhões de pessoas no mundo morrem anualmente de doenças decorrentes do uso de cigarros. “No Brasil não é diferente. Segundo o Ministério da Saúde e o Instituto Nacional do Câncer (Inca), cerca de 200 mil pessoas morrem por ano em decorrência do uso do cigarro e 80% dos cânceres em decorrência relacionada ao cigarro. 90% do câncer de pulmão ocorre em fumantes ativos e mais 3% em fumantes passivos, ou seja, 93% da incidência de câncer de pulmão, podendo comprometer várias partes do corpo”, diz.
De acordo com o deputado, a doença pode comprometer o indivíduo em qualquer parte do corpo de forma agressiva. “Também causa quase que invalidez dos indivíduos que fumam durante muitos anos, podendo ter enfisemas pulmonares, além de doenças cardíacas, comprometendo a circulação, câncer de estômago, próstata, bexiga, várias doenças causadas pelo tabagismo. O comprometimento é sistêmico, é alarmante. Das substâncias liberadas pelo cigarro, mais de 250 são tóxicas ou cancerígenas. A nicotina é o que causa dependência química e funciona também como inseticida, como veneno”, lamenta acrescentando que a dependência química à nicotina é maior do que a cocaína e a maconha.
“No Brasil, felizmente há muitos anos temos a lei proibindo a publicidade, que deu um alento muito forte e serviu de uma forma educacional para que jovens e adolescentes, que costumam auto se afirmar, copiar pais e adultos, não sejam susceptíveis às doenças causadas pelo cigarro, mas devemos começar a recuperar àqueles indivíduos que querem deixar de fumar e para isso, existem programas na rede pública”, alerta.
Por Agência de Notícias Alese
Foto: Jadilson Simões
