O deputado estadual Valmir Monteiro usou a tribuna nesta quinta-feira, 3, para tratar da decisão da Justiça que o condenou, usando o período em que foi prefeito de Lagarto, por não executar a cobrança de tributos na município. O parlamentar, que vai apresentar nova defesa ao processo, disse que a condenação à prisão era injusta. Valmir lembrou que nunca foi condenado ou alvo de processo judicial por malversação dos recursos públicos. “Nunca fui condenado por roubo, nem por desvio de dinheiro público”, observou.
Valmir lembrou que não nasceu em berço político. Afirmou que era natural de Salgado, filho de comerciante, e que entrou na vida pública após ter seu nome apontado como candidato por executar ações sociais em Lagarto, ajudando famílias carentes. Lembrou ainda sua trajetória política no município, onde disputou eleições para a prefeitura e para a Assembleia Legislativa, saindo vitorioso na maioria. “Fui candidato de forma independente, sem ligações com grupos políticos de Lagarto. Minha gestão como prefeito foi voltada para a população”, comentou o parlamentar, que citou como marca de sua passagem pela prefeitura a ampliação da arrecadação.
Valmir disse que vai apresentar novamente sua defesa à Justiça, que o condenou por não cobrar tributos. “Vou fazer um levantamento e mostrar o que a Justiça não reconheceu”. O deputado disse que a depender do resultado da ação pode ser obrigado a deixar a vida pública, pois se tornará inelegível. “Vou recorrer. Dei descontos no pagamento de impostos em Lagarto, mas não levaram em conta. Mesmo assim fui condenado. Já ‘perdi’ o mandato mais de dez vezes”, ironizou o parlamentar, que estranhou também a ação que trata de sua licença médica na Assembleia, quando contraiu meningite.