O deputado Venâncio Fonseca (PP), rebateu na tribuna da Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese), na tarde desta segunda-feira, 26, uma denúncia feita pelo deputado Luciano Pimentel (PSB), classificando como “assédio sofrido por uma aluna do curso de Biomedicina, que reside no município de São Domingos e estuda em Aracaju, em não poder utilizar o transporte escolar, devido à discordâncias políticas. Venâncio explicou que a universitária teria se negado a assinar um Termo de Compromisso, assim como os demais alunos.
“O prefeito Pedrinho é meu adversário há 20 anos, mas sempre tive o maior respeito, nunca vim a essa tribuna fazer uma denúncia contra ele. Pedidos, houveram vários, mas eu sempre checava. Não é obrigação do prefeito assumir a responsabilidade dos ônibus para os universitários, mas ele assumiu em parte. O transporte é público, mas ninguém tem o direito de chegar lá e esculhambar”, ressalta.
Venâncio explicou que todos os alunos que são transportados para a universidade, assinaram um Termo de Compromisso. “Primeiro dando conta de que vão realmente para a faculdade e segundo, de zelar pelo transporte, mas a jovem não quis assinar o Termo de Responsabilidade. Preferiu criar um fato político, talvez por orientação do pai ou de alguém que tem influência”, acredita.
Sobre a afirmação de Luciano Pimentel, dando conta de que levará a denúncia da estudante ao Ministério Público Estadual, Venâncio Fonseca foi enfático:
“Pode levar o fato para o Ministério Público deputado, mas querer tirar proveito político não, querer badernar não. Faça um levantamento e mande apurar, pois muitos estudantes mesmo sendo adversários, estão usando o transporte. Isso é política baixa, rasteira; cheque antes para saber a veracidade, para que esta Casa não se transforme em câmaras de vereadores do interior”, desabafa.
Denúncia na tribuna
De acordo com o deputado Luciano Pimentel, a estudante universitária foi orientada a sair do transporte escolar.
“A estudante D. V. B. S. é filha do ex-vereador de São Domingos e radialista, Miguel Fuzuê e queria apenas que fosse cumprido o direito de utilizar o ônibus escolar, pago com recursos públicos. Mas ouviu que o ônibus não sairia enquanto a jovem de 17 anos não descesse”, lamenta.
E completa que o assunto deve ser levado ao Ministério Público para ser apurado, para evitar constrangimento de uma jovem de 17 anos que precisava apenas do transporte. Discordância política não dá direito à segregação por parte do gestor municipal ou de quem proibiu. Que isso não aconteça não só em São Domingos, mas em nenhum município sergipano, em nenhum município brasileiro. Que seja apurado para que se faça justiça contra o assédio que essa jovem sofreu no transporte pago com dinheiro público e os direitos dessa estudante sejam validados e reconhecidos”, enfatizou Pimentel.
Por Agência de Notícias Alese – #RedeAlese
Foto: César de Oliveira