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Torpedeamento: Arqueologia de ambientes aquáticos é destacada na Elese

Por Shis Vitória/Agência de Notícias Alese

‘1939: Foi assim que tudo começou… Segunda Guerra Submersa – Contribuições da Arqueologia de Ambientes Aquáticos’. Este foi o tema que norteou mais uma atividade alusiva aos 81 anos do torpedeamento de três navios mercantis brasileiros (Baependy, Araraquara e Aníbal Benévolo), na costa sergipana. A Escola do Legislativo João de Seixas Dória (Elese), vinculada à Assembleia Legislativa do Estado de Sergipe (Alese), sediou  na manhã desta quarta-feira (16), uma palestra pautada na extensão arqueológica dos naufrágios. A atividade foi ministrada pelo professor do Departamento de Arqueologia e Coordenador do Laboratório de Arqueologia de Ambientes Aquáticos da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Gilson Rambelli, e pela doutoranda em Arqueologia, Roberta Rosa. 

“Através das pesquisas arqueológicas subaquáticas estamos buscando localizar a materialidade, ou seja, os vestígios destas embarcações. Fizemos um levantamento geofísico em território baiano, até porque todos os estudos da UFS foram até a região da Barra do Rio Real, e os estudos por parte da Bahia pararam na Praia do Forte. Sendo assim foi feito um mapeamento, por meio de mergulhos no município do Conde (área que permaneceu inexplorada) atrelada a este trabalho. Vale ressaltar que a arqueologia trabalha com a sociedade e não dá para pensar somente no fato (naufrágios) e deixar de lado o quanto isso influenciou na comunidade desde o potencial da pesquisa arqueológica como o envolvimento da parte de educação patrimonial e mapeamento das comunidades de pescadores”, explicou Gilson Rambelli.  

Em um modo bem didático, exibindo fotos, vídeos e referências bibliográficas, a doutoranda em Arqueologia, Roberta Rosa, fez uma apresentação ressaltando a importância em discutir o tema. “É fundamental rememorar esses fatos e se completou 81 anos do torpedeamento: Uma tragédia que levou o Brasil para a Segunda Guerra Mundial. E se baseando nas pesquisas, por meio da arqueologia é dado ênfase à cultura material da época bélica, realizado estudo dos cemitérios dos Náufragos, estudos dos naufrágios com o projeto da Segunda Guerra Submersa e, tudo isso, tendo como referência as fotografias e documentação que aborda sobre este período no qual, começou aqui em Sergipe”, disse.

Sítios arqueológicos

Novamente participando de um evento alusivo ao tema, o vice-presidente do Grupo Sergipano de Estudos da Força Expedicionária Brasileira e piloto aéreo, André Cabral, comentou sobre os sítios arqueológicos. “Percebo a importância de encontrar os sítios arqueológicos no nosso litoral e dos três navios que foram afundados o mais próximo do litoral em área mais rasa foi o Aníbal Benévolo que, inclusive, vinha para Aracaju”, salientou. 

O coordenador de projetos culturais da Elese, Benet Nascimento, citou o protagonismo de Sergipe no episódio.  “Essa palestra coloca o Estado de Sergipe como protagonista desse momento histórico e tão marcante da vida do povo sergipano. E, nos anos seguintes, após a guerra, o assunto foi silenciado como se as pessoas tivessem algum receio de falar sobre. Por isso, se faz necessário o resgate deste acontecimento na ideia de promover uma reflexão e até fazer as pazes com o nosso passado. É uma história nossa que pede uma compreensão para que seja compartilhado com as novas gerações e se tire ensinamentos disto para que se evita uma repetição”, finalizou. 

 

Fotos: Jadilson Simões / Agência de Notícias Alese

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