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Sessão Especial para conscientização sobre doenças crônicas é realizada na Alese

Em Sessão Especial na Assembleia Legislativa (Alese), na tarde desta quarta-feira (19), a deputada Linda Brasil (PSOL) presidiu a Sessão em alusão ao Fevereiro Roxo e Laranja, que visa à prevenção, conscientização, diagnóstico e combate a doenças crônicas. “A cor roxa representa a fibromialgia, lúpus e Alzheimer. Enquanto a cor laranja representa a leucemia”, explicou a parlamentar.

Linda Brasil ressaltou os impactos que essas doenças têm na qualidade de vida dos pacientes. “Essas condições impactam significativamente a qualidade de vida de quem as enfrenta e demandam não apenas cuidados médicos, mas também conscientização, atendimento social, serviços de reabilitação e apoio da sociedade como um todo”, afirmou.

Durante o mês de fevereiro, a Campanha busca unir esforços para disseminar informações, promover a prevenção, incentivar o diagnóstico precoce, lutar por políticas públicas e oferecer apoio às pessoas afetadas pelas doenças crônicas. “Vamos unir esforços para disseminar informações, promover a prevenção e o diagnóstico precoce, lutar por políticas públicas e oferecer nosso apoio a todos que lutam contra as doenças crônicas e suas consequências”, reforçou.

Deputada Linda Brasil

A deputada também citou a definição de saúde da Organização Mundial da Saúde (OMS), que entende saúde como “estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente a ausência de afecções e enfermidades”.

Linda Brasil aproveitou para anunciar um projeto de lei que foi protocolado na semana passada e que institui a Política Estadual de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde no Estado de Sergipe, denominado Simone Leite, segundo a deputada, as práticas integrativas são fundamentais, especialmente para pacientes com dores crônicas. “Sabemos o quanto as práticas integrativas são necessárias para tratar pacientes com dores crônicas, cujos medicamentos não são a única forma de tratar. Mas são as mais aplicadas em todos os casos, enquanto outros métodos de tratamento possuem menos investimento”, criticou.

A deputada pontuou que o projeto de lei busca fortalecer e regulamentar as práticas integrativas e complementares. “Esse projeto de lei vem para fortalecer as lutas e regulamentar as práticas integrativas e complementares em nosso estado”, explicou.

Além disso, Linda Brasil informou sobre um outro projeto de lei protocolado recentemente, que visa instituir campanhas sobre o Fevereiro Roxo e Laranja nas escolas do Estado de Sergipe. “A gente vai conseguir fortalecer e buscar soluções, conscientizar a sociedade desde a base, desde a escola, pra que as pessoas possam se organizar coletivamente”, defendeu.

Por fim, a deputada reafirmou a importância da organização social e do fortalecimento das lutas em defesa da saúde e dos direitos assegurados na Constituição Federal. “As lutas, as reivindicações são direitos garantidos na Constituição Federal”, concluiu Linda Brasil.

Fibromialgia

Flávia Suelane

Para falar sobre a fibromialgia, a deputada Linda Brasil, convidou a enfermeira e criadora do Movimento Fibromialgia em Sergipe, Flávia Suelane, que foi diagnosticada com fibromialgia em 2018. Nessa época ela percebeu a necessidade de um espaço de apoio e troca entre pacientes. Inicialmente, as lutas ocorreram no anonimato, com Flávia enfrentando dores paralisantes. O movimento se consolidou como “um grito de resistência, um chamado por justiça e um farol de esperança para quem convive com essa síndrome”, declarou Flávia.

 

 

 

Dra. Alejandra Debbo

Além da ativista, Alejandra Debbo, médica reumatologista, também subiu a Tribuna para falar sobre a fibromialgia, “doenças como essas precisam ser conhecidas e compreendidas tanto pela população em geral quanto pelos profissionais da saúde. Eu sou especialista, e vejo que o paciente só chega até mim depois de ter passado por muitos médicos e outros profissionais sem conseguir respostas. São doenças com fisiopatologias e etiologias diferentes, mas que têm algo em comum: a péssima qualidade de vida que impõem ao paciente. A gente não trata a doença em si, porque, muitas vezes, não há cura. Estamos lidando com doenças crônicas, como as autoimunes e a fibromialgia, que também é crônica, sem cura, e cuja origem de tudo está, principalmente, na dor e nos sintomas associados, como a fadiga e os distúrbios do sono. Elas precisam ser diagnosticadas, tratadas e acompanhadas não só pelo reumatologista, mas por uma equipe multidisciplinar”, explicou a especialista.

Lúpus

Adriana Santos Costa

A deputada Linda Brasil também, convidou a integrante da Associação de Pessoas com Lúpus e Doenças Autoimunes de Sergipe (Aldase), Adriana Santos Costa, “Posso dizer que eu sinto na pele o sofrimento de cada pessoa que vive essa realidade todos os dias. E hoje, mais do que tudo, estou aqui para fazer um apelo em nome da Associação de Pessoas com Lúpus e Doenças Autoimunes de Sergipe. Nossa casa está de portas abertas, nos tornamos oficialmente uma associação, mas precisamos do apoio e do compromisso dessa bancada para seguir em frente e fortalecer essa luta”, relatou a associada.

 

Câncer

Vanessa da Rocha Santos

Convidada também, a enfermeira da Associação dos Amigos da Oncologia de Sergipe (AMO), Vanessa da Rocha Santos, fez um breve relato e trouxe dados sobre a Associação: “A AMO existe há 28 anos e, no dia 21 de novembro, completará 29 anos. Somos uma associação de assistência social que acolhe pessoas com qualquer tipo de câncer, em qualquer faixa etária, com foco nos pacientes atendidos pelo SUS. Muitas vezes, recebemos pessoas que não se encaixariam no nosso regulamento, mas por humanidade, acolhemos porque elas dependem desse suporte. Em 2023, registramos 725 novos casos de câncer e, ao longo dos 28 anos, já cadastramos 8.400 pacientes, sendo que atualmente 5.942 estão ativos. Seguimos firmes, oferecendo suporte e acolhimento a quem precisa”, declarou.

Alzheimer

Dra Juliana Silva

Para falar sobre a doença, a deputada convidou Juliana Silva, médica geriatra. “É uma doença que compromete as funções mentais superiores, como o raciocínio, a memória, a linguagem e até a capacidade de se relacionar. À medida que essas funções vão sendo perdidas, a pessoa se torna dependente de outra para as atividades do dia a dia. Além disso, a doença costuma vir acompanhada de diversas manifestações neuropsiquiátricas, o que torna o cuidado ainda mais complexo. Por isso, ela não afeta só quem adoece, mas impacta profundamente a vida de quem cuida e de todos ao redor”, explicou a doutora.

 

Práticas Integrativas

Profª Dra Tereza Sena

A professora-doutora em Ciências da Saúde pela Universidade Federal de Sergipe (UFS), Tereza Sena, falou sobre projetos de extensão realizados na Universidade para o tratamento de doenças crônicas, “Quero destacar aqui um trabalho específico sobre os efeitos da acupuntura em pacientes com fibromialgia. Desde 2019, está comprovado cientificamente. Estamos lidando com pessoas que precisam de atenção integral e humanizada. Há um movimento crescente nas universidades e em diversos campi, como no campus do Sertão, em Glória, onde havia aulas de ioga, e no campus de Lagarto, com o ‘Espaço de Cuidado’. Também temos projetos de extensão em áreas mais afastadas, como o da Ilha de Chá, que oferece cuidado integral especialmente para marisqueiras e pescadores artesanais. Tudo isso reforça que as Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (LAPICS) são ciência. Elas têm comprovação científica e precisam ser valorizadas e incorporadas ao cuidado em saúde.”

Presentes: Fundador e presidente Federação das Instituições de Apoio aos Pacientes com Câncer de Sergipe (FIAPACE/SE), Fred Gomes; Militante do Movimento Popular em Saúde (MOPS), Rosemaria Fonseca; Enfermeira e Pedagoga, Rejane Santana, entre outros.

Fotos: Joel Luiz/Agência de Notícias Alese

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