Por Fernanda Queiroz (Ascom/Elese)
Convidados para uma manhã de conhecimento sobre saúde mental, os psicólogos da Diretoria de Atenção à Saúde, Lucas Magalhães e Ronaldo Rodrigues, tiraram dúvidas e falaram sobre como a rotina de vida e doenças físicas podem estar ligadas a transtornos emocionais e psicológicos. O encontro com os servidores da Assembleia Legislativa ocorreu no auditório Deputado Francisco Passos.
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De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a saúde mental é parte integrante da saúde do ser humano. Na verdade não há saúde sem saúde mental. Como o psicólogo Lucas Magalhães reforça, situações de stress e outros tipos de problemas emocionais podem causar doenças físicas. “A saúde mental não é um mecanismo psíquico isolado. Na maioria das vezes doenças físicas podem estar relacionadas a alguma doença mental”, revela.
Segundo Magalhães, é preciso avaliar caso a caso para determinar que tipo de atividades, como exercícios físicos, mudanças de hábitos e indicações de terapias alternativas ou científicas podem contribuir para desaparecimento dos sintomas causadores pela doença mental. “Não falamos em cura de doenças mentais. Nós tratamos os sintomas através do diagnóstico e assim, o paciente minimiza as causas daquele sofrimento”, explica.
O que é depressão? É o resultado de uma alteração da ação de neurotransmissores no cérebro.
“Como você cuida da sua saúde?”, essa foi a provocação lançada pelo psicólogo, especialista em hipnoterapia e avaliações psicológicas, Ronaldo Rodrigues. Ele falou sobre o mal do século: a depressão. Rodrigues alerta que a depressão está fortemente relacionada ao aparecimento de doenças físicas e transtornos emocionais. “A depressão pode trazer dificuldades no relacionamento familiar, afetivo e no trabalho, até situações extremas como o suicídio”, disse.
De acordo com pesquisas apresentadas pelo psicólogo, na maioria das culturas do mundo, um e cada quatro mulheres e um em cada dez homens sofrerão de transtorno depressivo. Essa doença é mais comum entre adolescentes até a idade de 25 anos.
Ivana Maria de Santana, servidora do Instituto de Previdência do Legislativo do Estado de Sergipe (Iplese), há dois anos supera o diagnóstico de Síndrome de Bournaut e Síndrome do pânico. Após uma crise de ansiedade no trabalho, ela passou por várias fases, desde a conscientização para fazer o tratamento psicológico até encarar que as pessoas próximas e colegas de trabalho entendessem que não é “fescura”.
“Temos sempre que mostrar que estamos prontas para o trabalho, termos compromisso com a carreira e estudos. Precisamos sempre ser fortes, e isso cria uma imagem falsa de que não temos vulnerabilidades”, explica a servidora.
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Hoje, Ivana tem outra visão sobre a terapia e tratamentos psicológicos. “Tudo isso abriu uma porta de autoconhecimento, outras percepções da vida e do mundo, com muito mais orgulho e amor próprio. Eu recebi alta mas continuo na terapia. Acho que todo mundo deveria fazer, pelo menos, duas vezes na semana”, acredita.
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Conheça o CVV Aracaju, por Jomar Vieira
Fizemos três perguntas para a presidente da Associação dos Amigos da Vida (Avise), Jomar Vieira, responsável pelo funcionamento do CVV em Sergipe. Saiba do que se trata e como é possível se tornar um voluntário.
O que é o CVV?
O Centro de Valorização da Vida é um serviço gratuito de suporte psicológico criado em 1962, e que está em Sergipe há 13 anos.
Por que ligar?
Quem liga para o CVV é respeitado. Estamos preparados para ouvir a vida de cada um que não tenha com quem dividir suas angústias e questionamentos. Muitas vezes quando contamos para alguém que não conhece de saúde mental, o resultado são os julgamentos e a vida exposta, podendo atrapalhar ainda mais.
O serviço funciona pelo número 188, gratuitamente e de forma sigilosa.
Como ser voluntário?
A única exigência é ter mais de 18 anos. Em março faremos o treinamento de 2020 para novos voluntários. O serviço é realizado em uma sala do Anexo II da Alese, no Centro de Aracaju.
Fotos: Tarciso Nino (Ascom/Elese)