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Samuel Barreto faz desabafo no Dia do Soldado

No dia do Soldado, o deputado Samuel Barreto (PSL) fez um desabafo na tribuna da Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese), na manhã desta quinta-feira (25), mostrando a insatisfação dos policiais militares e dos bombeiros. O parlamentar lamentou o não envio por parte do Governo do Estado à Casa Legislativa, de um projeto com os subsídios e a progressão da carreira dos oficiais. Ele destacou a greve e enfatizou que a sociedade está pagando um preço alto.

“A polícia Civil está em greve e a polícia militar não pode fazer greve da mesma forma que os demais servidores, mas está parada também. Parte da redução do número de viaturas nas ruas é pela falta de pagamento às locadoras de veículos e a outra parte é dos policiais que não estão mais acreditando e reagindo à falta de atitude do Governo do Estado para encaminhar a essa casa os subsídios com a projeção da carreira. A sociedade está pagando um preço muito alto”, diz lembrando que os policiais estão dispostos a negociar com o Governo, que mande para a Assembleia Legislativa a garantia dos direitos e esperam até que haja condições de pagamento.

“Tem boa vontade maior do que essa? Mas o Governo não avança, só quando houver uma atitude concreta”, completa.

Capitão Samuel como é conhecido informou que na tarde desta quinta-feira, os policiais irão se reunir em assembleia visando avaliar o movimento denominado Polícia Legal. “Espero que homens e mulheres não tomem uma atitude mais drástica na assembleia da categoria e parem de vez. Hoje temos 17 municípios sem nenhuma viatura, com os soldados fazendo o policiamento a pé”, lamenta.

Condições

O parlamentar falou ainda sobre as condições de trabalho.

“As munições e os coletes estão vencidos. E se falhar justamente na hora do confronto, o Governo vai assumir? Quem vai para um confronto com um bandido com um colete vencido há seis meses? A partir de hoje as viaturas que ainda estão indo pra ruas estarão com os policiais sem farda pois os uniformes não tem condições, o policial vai à paisana para o quartel e se for escalado para o serviço vai de calça jeans e camisa branca”, alerta.

Aparte

Maria Mendonça destacou violência em Itabaiana (Foto: Jadilson Simões)

Maria Mendonça destacou violência em Itabaiana. Foto: Jadilson Simões

Em aparte, a deputada Maria Mendonça (PP) enfatizou a situação no município de Itabaiana. “Me somo à causa. Estou sentindo que há um desgoverno total que está levando a população a se trancar em casa por conta da falta de estrutura de segurança pública. Homens e mulheres da polícia estão desenvolvendo as funções com muita bravura, pois não existem condições de fato. Eles são heróis. O povo de Itabaiana está assustado.  Estamos solidários com todos que fazem a polícia porque os assassinatos estão ai, os nossos jovens estão morrendo e a situação se agrava”, lamenta.

“Resumindo, parece que não tem Governo, não tem autoridade. Precisamos tomar uma atitude. Precisamos que o Governo governe e não coloque a culpa sempre na crise; pare as obras e priorize a Segurança Pùblica. Essa história de fazer de um limão uma limonada não funciona. A revolta dos profissionais da Segurança Pública é grande e precisamos de decisões concretas porque a população de Sergipe não aguenta mais a violência”, finaliza.

“Salada de saliva”

O líder do Governo, deputado Francisco Gualberto (PT) respondeu às críticas da oposição.

“O discurso de Samuel não passa de ‘salada de saliva com som de corda vocal’ quando diz que o Governo pode parar as obras e investir em segurança. Chega a ser inocente, tem gente que vive da crise na política. Faz parte da regra do jogo, o adversário está fragilizado e bate até arrear. Não se ajuda a classe trabalhadora fazendo discurso fácil, mas que tenha o mínimo de conteúdo, afora isso, está se vendendo ilusão”, entende.

Por Aldaci de Souza – Agência Alese de Notícias

 

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