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Revitalização da citricultura em Sergipe é discutida na Alese

Por Luciana Botto- Rede Alese

 

A Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese), promoveu na manhã desta segunda-feira,23, audiência pública que tratou da situação da citricultura em Sergipe. A iniciativa foi do deputado estadual Zezinho Sobral (Pode), em parceria com a Comissão Estadual da Citricultura da casa, que teve o objetivo de discutir e elaborar propostas resolutivas para a viabilização de recursos que promovam o resgate e a valorização da economia da citricultura e fruticultura.

O diretor presidente da Emdagro (Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe), Jefferson Feitosa fez um breve histórico e apresentou o cenário atual da citricultura no estado de Sergipe.

Diretor presidente da Emdagro, Jefferson Feitosa

Jefferson destacou que o cenário atual do mercado da laranja de Sergipe concorre com com produtos da China, Estados Unidos, Índia, Espanha, Israel (…), chamando a atenção para as mudanças da cadeia da citrícola nacional na última década: redução mundial do consumo do suco de laranja; novas doenças e pragas que atacam os pomares; diminuição da área colhida em São Paulo, um dos principais fatores do avanço do Greening (5% da produção), e a fragilização econômica dos produtores rurais.

De acordo com o diretor presidente da Emdagro, Sergipe representa 3% do PIB do cultivo da citricultura como um dos principais cultivos que beneficia aproximadamente 30.000 agricultores de citricultura e 8.452 estabelecimentos agropecuários, a maioria da base familiar.

“A laranja sempre foi a principal cultura do estado, e ainda continua sendo em termo de cultura permanente. Já fomos o segundo produtor de citros do Brasil e hoje passamos a ser o quinto. É preciso que se tenha um olhar diferenciado dos próprios citricultores juntamente com os órgãos do estado”, frisou o diretor da Emdagro, Jefferson Feitosa

Em Sergipe, a região citrícola é composta por 14 municípios: Arauá, Boquim, Cristinápolis, Estância, Indiaroba, Itabaianinha, Itaporanga, Lagarto, Salgado, Santa Luzia do Itanhy, Pedrinhas, Riachão do Dantas, Tomar do Geru e Umbaúba, com cerca de 400 mil habitantes, que corresponde a um quinto da população estadual, ocupando 25% da superfície total do estado.

De acordo com dados do IBGE, no ano de 1991 a produtividade da citricultura era de 25.6 t/ha com produção de 897.000 toneladas. Em 2012, 821.940 e em 2018 a produção era de 354.960 toneladas, uma queda de 470.980 toneladas.

Airton de Santana, presidente da Asserpror

Airton de Santana, presidente da Associação Sergipana dos Produtores Rurais (Asserpror) lembrou da luta da entidade ao longo de 10 anos em defesa dos produtores rurais e destacou as principais dificuldades que a citricultura vivencia nos dias atuais. Para ele, uma das principais dificuldades é a falta de investimentos e novas tecnologias. “Apesar das dificuldades da crise da citricultura, Sergipe está em primeiro lugar em geração de emprego e renda, e segundo lugar em produto industrializado e exportações, gerando dividas e impostos para o estado”, ressaltou o presidente da Asserpror

O deputado estadual Zezinho Sobral, autor da proposta, enfatizou que é preciso observar a realidade e respeitar os ciclos agrícolas. Ele defende uma política de revitalização para um novo ciclo de desenvolvimento da fruticultura, incluindo citricultura e outros.

Deputado estadual Zezinho Sobral

“É necessário entender esse novo mecanismo e discutir essas questões para que a gente saiba quem deve investir na laranja e em que momento deve investir, quais as opções para os pequenos produtores, que por ventura não tenham as condições necessárias para implementar um elevado grau de tecnologia. Compatibilizar produção e oportunidade de entressafra para vender a preços bons”, justificou Zezinho Sobral.

 

Entrega da Carta Aberta Foto: Diogo Souza

Na oportunidade, foi apresentada a Carta Aberta “Revitalização da Citricultura das Regiões Sul e Centro-sul do estado”, como resultado do debate e das demandas levantadas pelos representantes dos municípios da região e contempla onze tópicos: revitalização da assistência técnica e extensão rural pública estadual; melhoria da estruturação das atividades da Defesa estadual; regulamentação por parte do estado nos aspectos da produção de mudas; compromisso de entidades da cadeia produtiva da citricultura, visando priorizar os pequenos produtores, com ações e recursos financeiros voltados à aquisição de equipamentos e implementos agrícolas; operacionalização da unidade de produção dos inimigos naturais para a citricultura; organização rural; melhorias dos aspectos da comercialização; análise da situação de endividamento dos citricultores; melhor apoio dos gestores municipais; zoneamento de risco climático e segurança no campo.

A carta foi elaborada através de reuniões multi-institucionais com técnicos e produtores da Seagri, Mapa, Embrapa, Emdagro, UFS, Sebrae, Superintendência do Banco do Nordeste, Dnocs e Secretaria Municipal da Agricultura de Umbaúba.

Participaram da audiência pública os deputados estaduais Luciano Bispo; Adailton Martins; Luciano Pimentel; Garibalde Mendonça; Iran Barbosa; Zezinho Guimarães; Dilson de Agripino; Ibrain Monteiro; Goreth Reis e Maria Mendonça, além dos deputados federais Laércio Oliveira e Bosco Costa; prefeitos e sociedade civil organizada e órgãos representativos.

Proposta apresentada pela Emdagro:

Criação de Programa Citricultura para o Nordeste e para o futuro em parceria com a Emdagro/Embrapa, integrado com citricultura familiar (seleção de agricultores familiares), pólo de citricultura e médios produtores, objetivando introdução de novas variedades de copa, com aptidão para o mercado de fruta in natura e para a industria, e porta- enxertos de citros para serem validados em uma rede de pomares pré-comerciais ( na propriedade dos agricultores). Observando todo manejo da cultura desde a introdução dos pomares pré- comerciais até a colheita.

 

Fotos: Jadilson Simões

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