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Racismo estrutural é tema de debate na Escola do Legislativo

Milton Alves Júnior | Agência de Notícias Alese

Pela segunda vez na Escola do Legislativo Deputado João de Seixas Dória (ELESE), o professor, mestre, escritor e Juiz de Direito, José Anselmo de Oliveira, participou do ‘Projeto Quintas Negras’, desenvolvido pela Elese e que possui como objetivo central debater a multiplicidade dos povos negros, sobretudo o trabalho de conscientização da sociedade em torno das lutas envolvendo o respeito e o combate ao preconceito racial. Realizado no Auditório Deputado Francisco Passos, a primeira rodada de debates este ano teve como pauta o racismo estrutural no Brasil.

Desenvolvido uma vez por mês, a atividade busca ainda aproximar a sociedade e fortalecer a entidade negra e sua autoestima. Após a palestra ministrada pelo professor, o público presente pôde interagir por intermédio de perguntas e testemunhos enfrentados no dia-a-dia. Paralelo à presença de servidores da Assembleia Legislativa do Estado de Sergipe (Alese), e de assessores da deputada Linda Brasil (Psol), cerca de 40 estudantes do Instituto Luciano Barreto Júnior (ILBJ) participaram da atividade. Na concepção de José Anselmo de Oliveira, a educação é a única forma de garantir um futuro próximo imune de atos criminosos envolvendo preconceito racial.

“Muito me enche de orgulho e esperança chegar aqui na Elese, pela segunda vez para debater um assunto desta relevância e necessidade, e encontrar o espaço repleto de jovens. Parabéns aos organizadores não apenas por poder explanar sobre o racismo estrutural, mas de igual modo por poder ouvir estas vozes. A Justiça é peça importante para apurar e punir aqueles que cometem crime, mas a Educação é necessária, fator primordial para acabar com a recorrência destes inúmeros fatos lamentáveis que ainda hoje, em pleno século XXI, seguimos assistindo”, destacou o Juiz do Tribunal de Justiça do Estado de Sergipe, José Anselmo.

Dinâmica

No decorrer do compartilhamento de situações carregadas de preconceito, o professor destacou uma em especial: “sou Juiz há 34 anos e certa vez estive em uma loja quando estava utilizando bermuda, sandália e uma camisa casual; impressionante como não fui bem tratado. Sou preto e sei que o distanciamento aconteceu pelo conjunto dos fatores. No dia seguinte estive na mesma loja, com traje completo e o atendimento foi absurdamente diferente. Precisamos realizar mais atividades como estas para acabar de vez no Brasil com esse tipo de situação.”

Conforme destacado pelo Professor de Cidadania e Trabalho, Rafael Douglas – responsável por acompanhar os adolescentes -, após receber o convite por parte da Alese, o ILBJ concedeu permissão automática para participação do projeto. “Esta é mais uma demonstração de que estamos aos poucos unindo mais as nossas forças em torno daquilo que prevê o Estatuto da Igualdade Social. Estarmos juntos aqui, é uma prova da abertura de espaços de fala, onde possamos discutir ocorrências e combater o aumento dos atos de racismo. Esperamos ser convidados em outras oportunidades a fim de somarmos nesta luta”, disse.

A garantia de novos convites de imediato foi oficializada. De acordo com o Coordenador Pedagógico da Elese, Carlos Vinícius, todos que compõem a Escola do Legislativo estavam ansiosos pelo impulsionamento de atividades desta natureza. “A Telma Rios, diretora da Escola, sempre dizia que precisávamos com urgência fortalecer o projeto Quintas Negras. Estamos realizando esta primeira edição em 2023, com a garantia que seguiremos até dezembro deste ano e natural renovação para o próximo. Recebemos um grupo maravilhoso de jovens e esperamos nas próximas oportunidades acolher outros grupos dispostos a debater assuntos que envolvem multiplicidade dos povos negros”, informou.

 

Fotos: Joel Luiz | Agência de Notícias Alese

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