“Está havendo uma epidemia mundial de suicídio e a gente trabalhar na prevenção, ajuda muitas vidas. Mas, ninguém se suicida porque quer. Quem se suicida não é fraco ou é forte, é alguém que está com muita dor e não encontra outra alternativa a não ser tirar a própria vida. Então, a gente ter um espaço renomado como a Assembleia Legislativa que abre as portas para que se trabalhe o assunto é muito importante para toda a sociedade”. A afirmação é da psicóloga e psicanalista Petruska Passos Menezes, quando da realização da audiência pública sobre o suicídio realizada na manhã desta sexta-feira, 29, na Alese.
Na explanação, a psicóloga destacou a importância das políticas públicas na prevenção do suicídio. “Devemos pensar como a gente pode trabalhar as políticas públicas ligadas ao suicídio, como as instituições podem trabalhar como prevenção e o papel de cada cidadão na sociedade”, ressalta.
De acordo com Petruska Passos, as políticas devem ter programas específicos que devem ser desenvolvidas através de projetos.
“E contemplar espaços que propiciem a fala do cidadão sobre suas questões internas. Diante de atitudes ligadas à prevenção do suicídio, tem que ser construídos espaços aonde hajam atividades de lazer, espaços para cuidar da saúde mental; os postos de saúde devem estar preparados para tratar do corpo, mas tratar como um todo da mente, ter a capacidade de escuta, além de outros trabalhos de meditação. As políticas públicas entram no sentido de incentivar tudo o que seja a favor da qualidade de vida para a sociedade como um todo”, explica.
A psicóloga disse ainda que o comportamento suicida já vem desencadeado por algum transtorno mental. “Então a pessoa já vem sofrendo, o sofrimento se intensifica, a pessoa adoece e acaba tendo essas ideias e esse comportamento. Não existe uma única causa que foi a gota d’água para o suicídio como muita gente pensa. São muitas coisas que vão se juntando, a exemplo da perda de emprego, o rompimento de um relacionamento, dificuldade maior de superar determinadas fases da vida, mudanças corporais, dificuldades de auto aceitação, são muitas coisas que vão se somando e as pessoas ficam debilitadas e chegam ao comportamento de um suicida”, explica.
Discussões
A audiência foi aberta pelo vice-presidente da Alese, deputado Garibalde Mendonça (PMDB), representando o presidente Luciano Bispo (PMDB), que está participando de um evento na Bahia. “Eu também tenho um compromisso, mas não podia deixar de participar do início das discussões, com um tema em que o deputado Luciano Bispo foi muito feliz, que é a valorização da vida”, diz Garibalde.
Os debates foram conduzidos pelo diretor de Comunicação da Assembleia Legislativa de Sergipe, Marcos Aurélio Costa.
“Convidamos profissionais que representam segmentos da sociedade que lutam pela valorização da vida. O presidente Luciano Bispo está muito preocupado com os índices de suicídio em Sergipe, que estão crescendo muito em Itabaiana, sua terra natal. Com isso, ele sentiu a necessidade de entender e saber o que o Estado de Sergipe tem feito e após as discussões, o deputado Luciano Bispo vai encaminhar o relato ao governador e aos órgãos competentes”, destaca Marcos Aurélio.
Mesa
A Mesa foi composta pelo vice-presidente da Alese, deputado Garibalde Mendonça, o diretor de Comunicação da AlESE, Marcos Aurélio, a titular da Secretaria-adjunta de Estado da Mulher, da Inclusão, Assistência Social, do Trabalho e dos Direitgos Humanos, Roseli Andrade, a tenente Joanete Pina representando a Polícia Militar de Sergipe, a delegada Mariana Diniz, o diretor da Controladoria Geral do Estado de Sergipe, Ejácio dos Reis, a professora-doutoraValéria Silva Bári , representando a Universidade Federal de Sergipe, Esvertlana Barbosa da Silva da Associação Integrada de Mulheres , a representante do Centro de Valorização da Vida (CVV), Silvia Aquino e o psiquiatra Bruno Rêgo.
Por Agência de Notícias Alese- #Rede Alese
Fotos: Jadilson Simões