Por Aldaci de Souza
Mulheres que sofrem algum tipo de agressão, seja física ou verbal, acabam tendo como impacto, o adoecimento mental. O dano emocional precisa ser tratado para que haja a devolução da autoestima. Na Assembleia Legislativa de Sergipe, uma equipe multidisciplinar que atua na Procuradoria Especial da Mulher (Promualese), acolhe e orienta as vítimas de violência. O trabalho tem sido intensificado, principalmente durante a campanha Janeiro Branco, que destaca os cuidados com a saúde mental.
A psicóloga da Procuradoria Especial da Mulher da Alese, Ananda Teles, ressaltou que o psicológico das mulheres que sofrem algum tipo de violência é muito afetado. “Mas aqui na Promualese, a gente não trabalha só a questão da violência contra a mulher; hoje um dos nossos fortes é trabalhar a prevenção. Nós construímos projetos e levamos para as escolas com o objetivo de conscientizar a população do que é a violência e quais os tipos. Será que violência é só bater? A gente mostra que existem as violências psicológicas, patrimonial, verbal, moral e física”, esclarece.
Acolhimento
Ananda Teles explicou como as mulheres que sofrem algum tipo de violência são acolhidas na Promualese. “Nós acolhemos, fazemos a escuta e todo o processo para que a mulher se sinta segura conosco, mas temos também intensificado a prevenção. Orientamos as pessoas que é necessário denunciar, quando perceberem que tem alguém sofrendo algum tipo de violência e não acreditar no ditado popular: ‘briga de marido e mulher, ninguém mete a colher’. A gente precisa meter a colher sim quando perceber. Por isso estamos palestrando para crianças, para os pais, cuidadores e professores”, reitera acrescentando que na Procuradoria Especial da Mulher, existe uma equipe multidisciplinar preparada para atender as vítimas, formada por psicólogos, advogados, assistente social, entre outros profissionais.
Entre as principais consequências psicológicas em vítimas de violência doméstica, estão a ansiedade, a depressão e até mesmo o pensamento suicida, desencadeando a baixa autoestima das vítimas, o estresse e o medo de uma nova agressão.”É importante que a saúde mental esteja bem, porque o corpo só está são quando a mente está”, enfatiza a psicóloga Ananda Teles.
As vítimas de violência e discriminação podem fazer denúncias à Procuradoria Especial da Mulher da Assembleia Legislativa de Sergipe, pelo contato telefônico (79) 9 8845-1105.
Fotos: Divulgação Catraca Livre e Jadilson Simões