O Projeto Dom Távora já investiu R$ 4,94 milhões no Estado de Sergipe, beneficiando comunidades rurais de 15 municípios. O projeto é desenvolvido em parceria com o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida) visando ajudar pequenos produtores rurais de municípios com índice de Desenvolvimento Humano (IDH) muito baixo, com o apoio financeiro e suporte técnico voltados para o desenvolvimento de negócios em áreas como a criação de animais, produção de artesanato e turismo local.
A meta é beneficiar cerca de 10 mil famílias de agricultores sergipanos, atingindo aproximadamente 40 mil pessoas, com investimento total de US$ 28,6 milhões, sendo US$ 16 financiados pelo Fida e US$ 12,6 pelo Estado. Executado pela Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), que conta com uma unidade técnica específica para análise das propostas originadas nas comunidades.
O secretário de Estado da Agricultura, Esmeraldo Leal explicou que o Estado de Sergipe possui culturas diversificadas e o Projeto Dom Távora dialoga com as famílias e a partir da ida ao local, agiliza o financiamento para artesanatos, turismo rural, criação de peixes, agricultura, pecuária, a partir da vontade da comunidade. “É lógico que essa vontade tem que ser transformada em um projeto que a gente chama de plano de negócios que tem que ser comprovada a viabilidade. Além disso, tem uma assistência técnica forte por meio da Emdagro, que permite que esse projeto seja acompanhado desde a concepção, o financiamento e depois as implicações em termos produtivos”, explica.
Esmeraldo Leal ressaltou que o Dom Távora tem a previsão de dois anos. “É preciso comprovar que vai ter viabilidade econômica e após esse período de dois anos, já deve ter viabilidade suficiente para sobreviver independente do apoio do Estado. Há a previsão de os projetos darem retorno nesse período para com isso demonstrar que essa comunidade apoiada vai continuar produzindo ainda mais. Não pode ser uma cultura inventada, o artesanato vai ser financiado na comunidade que já produz artesanato; o peixe vai ser financiado na comunidade que já produz peixe. É lógico que com o apoio do projeto, as famílias passarão a ter uma renda maior que é o objetivo principal do programa”, enfatiza.
Beneficiários
Podem participar do Projeto Dom Távora, as famílias consideradas pobres, que vivem nas áreas rurais e que estejam organizadas em associações, comunidades quilombolas e assentamentos rurais. Há ainda a exigência de que no mínimo, 30% dos beneficiários sejam mulheres e jovens.
Atualmente famílias que residem em 15 municípios sergipanos: Tobias Barreto, Poço Verde, Simão Dias, Pinhão, Nossa Senhora Aparecida, Carira, Gracho Cardoso, Aquidabã, Japoatã, Santana do São Francisco, Ilha das Flores, Pacatuba, Brejo Grande, Neópolis e Canhoba. A prioridade do Projet Dom Távora é atender atividades como o cultivo de arroz, criação de abelhas, peixes, camarão e ostra; além de artesanato, turismo rural, ovinos, caprinos, fruticultura e mandioca.
Os interessados devem procurar o escritório da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe – Emdagro ou a Unidade Técnica do Projeto Dom Távora na sede da Secretaria de Estado da Agricultura, visando a elaboração e assistência aos planos de investimentos associativos e apresentar a documentação exigida como ofício da associação, ata de fundação e de eleição, CNPJ, listagem dos sócios e certidões negativas de débitos.
Por Agência de Notícias Alese
Foto: Taiara Silva/Alese