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Procuradoria da Mulher dialoga com alunos de Itabaiana sobre violência doméstica

Por Stephanie Macêdo

Com o objetivo de promover o debate e denunciar as várias formas de violência contra as mulheres no mundo, a Procuradoria Especial da Mulher da Assembleia Legislativa de Sergipe (Prumualese) realizou, na manhã desta segunda-feira (06), um amplo diálogo com estudantes da Escola Estadual  Eduardo Silveira, no município de Itabaiana. A iniciativa é fruto da campanha dos ’16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres’ – que é uma mobilização mundial que ocorre em mais de 160 países, sendo realizada no Brasil desde 2003.

A coordenadora da Procuradoria Especial da Mulher da Alese, Rosimeire Santos, reforça importância do combate à violência contra mulher.

De acordo com a coordenadora da Procuradoria Especial da Mulher da Alese, Rosimeire Santos, o evento teve por objetivo priorizar, principalmente, as escolas durante a campanha, iniciada em escola pública na capital sergipana. “Queremos sensibilizar e divulgar as ações, e principalmente, o combate à violência contra a mulher, que é o tema que abordamos hoje em Itabaiana. Na procuradoria existem projetos de levar a Lei Maria da Penha para as escolas, cujo objetivo é de levar o conhecimento dessa lei para os adolescentes, para que eles saibam distinguir o que é violência dentro dos seus lares e onde procurar ajuda. Fechamos esse projeto com os Grupos Reflexivos, onde não só as vítimas como também o agressor são trabalhados, e isso é muito importante. É isso que a gente está fazendo hoje através da campanha mundial da ONU desses 21 dias de ativismo.

A coordenadora salientou ainda que como o machismo ainda está enraizado em algumas famílias, passando a ser algo cultural, muitas crianças e adolescentes ficam sem entender o que está acontecendo. “Com isso, se eles conseguem entender a violência e que existe onde buscar ajuda, eles vão denunciar numa escola, num sistema da rede de enfrentamento, e aí os pais vão poder ser ajudados”, frisou, salientando que o  papel da procuradoria é de fiscalizar os órgãos competentes, de como estão funcionando, e também criar leis que possam melhorar esses serviços.

A psicologa da Procuradoria da Mulher, Ananda Teles Farias, foi a responsável por levar aos estudantes os diversos tipos de violências.

“Mas aí a situação é tão necessária que nós também fazemos essa acolhida e o encaminhamento para os órgãos de defesa de mulher e do homem também. O homem precisa de ajuda, com certeza ele viu no lar um pai que agredia uma mãe, a mãe que se submetida a essas agressões, e ele resolveu dar continuidade a essa situação. Então ele precisa ser ajudado neste sentido, ele precisa entender que o que está fazendo é errado e que ele precisa melhorar de comportamento para ter uma família digna e sem violência”, declarou Rosineide Santos.

Palestra

A psicologa da Procuradoria da Mulher, Ananda Teles Farias, foi a responsável por levar aos estudantes os diversos tipos de violências. Segundo destacou, estão previstos cinco tipos de violência doméstica e familiar contra a mulher na Lei Maria da Penha: física, psicológica, moral, sexual e patrimonial. Sendo a mais comum, a violência física. E a menos perceptível, a psicológica.

O estudante Judicael Matos Almeida, revela que já presenciou em seu bairro alguns tipo de violência citados na palestra.

Na ocasião, a profissional destacou que a violência psicológica é uma forma de agressão caracterizada por constrangimentos, ameaças, humilhação, manipulação, chantagem, isolamento, ridicularização, limitação do direito de ir e vir ou qualquer outra situação que cause prejuízo à saúde psicológica e autodeterminação da vítima.

Diante do quadro de violência apresentado aos alunos do Ensino Médio e Fundamental Maior da Escola Estadual  Eduardo Silveira, o estudante do 1º ano, Judicael Matos Almeida, ele já presenciou em seu bairro alguns tipo de violência citados na palestra. Diante do conhecimento de órgãos responsáveis por enfrentar a violência contra  a mulher, disse que a palestra foi fundamental por apontar a denúncia como combate ao crime.

“Sempre percebo esses tipos de violências. Esse  debate foi muito válido. Para a construção de uma sociedade futura, mais evoluída, não podemos deixar  passar casos absurdos como esses, de violência. A exposição foi muito positiva”, disse Judicael.

Janice de Jesus Sampaio, que é a diretora da escola, revelou que a instituição tem mais de 900 alunos matriculados.

Janice de Jesus Sampaio, que é a diretora da escola, revelou que a instituição tem mais de 900 alunos matriculados. Desse número, diante do acompanhamento escolar, foi registrado 21 casos de estudantes com depressão, e até a ocorrência de um caso de suicídio. A diretora destacou a importância do diálogo entre os alunos, e do conhecimento dos direitos das mulheres. Considera que ao conhecerem as leis e direitos, as crianças poderão acionar os órgãos responsáveis com mais autonomia.

“Muitas crianças e adolescentes sofrem com a violência dentro de casa. E para que a escola consiga mudar esse pensar é necessário que todos juntos, formando uma rede social, possamos reverter esse cenário, revertendo esse quadro terrível de violência doméstica e até de depressão. A criança e adolescente acaba prejudicando o seu futuro enquanto estudante ao enfrentar um conflito emocional. E nós, enquanto formadores de opinião, precisamos intervir, tentando ajudar por meio do diálogo”, frisou.

 

Fotos: Jadilson Simões

 

 

 

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