Por Aldaci de Souza
O Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher e Redução da Mortalidade Materna é comemorado em 25 de maio. A Assembleia Legislativa de Sergipe, através da Procuradoria Especial da Mulher, chama a atenção para a data com a finalidade de conscientizar a população sobre as doenças e problemas de saúde na vida das mulheres e a importância de melhorar a assistência.
No Brasil, a redução da mortalidade materna ainda é considerada um desafio, pois o número de casos registrados torna-se grave problema de saúde pública, afetando mulheres de classes sociais mais baixas. A realização de consultas e exames (pré-natal), durante todo o período da gestação é um dos principais fatores para a diminuição dos casos. Em Sergipe, um estudo epidemiológico divulgado pelo Brazilian Journal Of Health Review, mostra que entre 2010 e 2015, a incidência de 140 mortes, com prevalência entre 20 e 29 anos, sendo a maioria no período puerpério e até 42 dias após o parto.
Redução
De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde, houve uma redução em 8,4% entre 2017 e 2018, conforme indicadores da Razão de Mortalidade Materna. Em 2018, foram 59,1 óbitos para cada 100 mil nascidos vivos, enquanto em 2017 foi de 64,5.
Os dados mostram também que entre 2017 e 2018, os maiores percentuais de redução da RMM foram observados nas regiões Norte (redução de 9,1%; RMM de 88,9 para 80,8), Nordeste (redução de 8,3%; RMM de 73,2 para 67,1) e Sudeste (redução de 14,6%; RMM de 62,3 para 53,2). A Região Sul apresentou discreta redução de 0,7% (RMM de 38,5 para 38,2) e a Região Centro-Oeste registrou aumento de 14% na RMM, de 56,9 para 64,9.
Procuradoria da Mulher
A procuradora especial da Mulher na Alese, deputada Goretti Reis ressaltou que a data é de extrema importância. “É preciso divulgar e fazer com que, o maior número possível de mulheres entendam a necessidade e a importância da realização do pré-natal. O acompanhamento da gestante, desde o momento que confirma a gravidez até o período do parto”, entende.
Goretti Reis enfatizou o acompanhamento puerperal – realizado no pós-parto, um cuidado fundamental na prevenção e detecção precoce de patologias tanto maternas como fetais, permitindo um desenvolvimento saudável do bebê e reduzindo os riscos da gestante.
“O pré-natal permite identificar doenças que já estavam presentes no organismo, porém, evoluindo de forma silenciosa, como a hipertensão arterial, diabetes, doenças do coração, anemias, sífilis, entre tantas outras que podem ser tratadas. Muitas, em fases iniciais, permitem o tratamento intraútero que proporciona ao recém-nascido uma vida normal. Outro benefício do pré-natal é identificar a pré-eclâmpsia, a elevação da pressão arterial, que afeta as funções renal e cerebral, com convulsões e até o coma. Uma das principais causas de mortalidade no Brasil”, enfatiza lembrando que as gestantes podem fazer o pré-natal nas Unidades de Saúde. É uma forma para reduzir os números de mortes maternas.
CAISM
As gestantes que se enquadram nos critérios de alto risco em Sergipe, encontram no Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher, assistência e serviços especializados. Gerido pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), o Caism realiza consultas, exames, além de atendimentos de Pré- Natal de Alto Risco e outros procedimentos.
A demanda diária de consultas e exames, atendida pelo centro, é regulada pelo Núcleo de Controle, Avaliação, Auditoria e Regulação (NUCAAR), através das Unidades Básicas de Saúde (USB).
Foto: Divulgação SES
