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‘Política é assunto de mulher’. Tema impulsiona mulheres na gestão pública

Milton Alves Júnior / Agência de Notícias Alese

Pontuais 91 anos após o Brasil se tornar pioneiro na América Latina, o cenário contemporâneo segue insistindo em minimizar a presença das mulheres em casas legislativas, poderes executivos e postos administrativos de ampla representatividade para o progresso de uma Nação. Enquanto no ano de 1932 o governo federal, orquestrado pelo então presidente da República, Getúlio Vargas, protocolava o Código Eleitoral 21.076, permitindo que as mulheres enfim participassem de todo o movimento democrático, em pleno século XXI, esta representatividade segue desproporcional se comparado aos postos políticos ocupados por homens.

Conforme dados apresentados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), dentro de um universo formado por pouco mais de 165 milhões de cidadãos aptos para votar, apenas 53% desse total é ocupado por mulheres. Mesmo predominando um suposto quadro favorável, o resultado das urnas no ano passado mostrou mais uma vez o quanto as mulheres seguem se deparando com grandes dificuldades na hora de ocupar espaços de poder. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), contabilizou no último trimestre de 2023 que cerca de 15% de todos os espaços de poder político no Brasil foram ocupados por elas; enquanto eles abraçam 85%.

Na perspectiva de impulsionar o debate, a Agência de Notícias junto com a TV Alese (canal 5.8), através da temática  ‘Política é assunto de mulher’, vem realizando entrevistas e postando matérias sobre a importância da representação da mulher na política. O norte dos trabalho traz por referência a sergipana Quintina Diniz de Oliveira Ribeiro. Natural do município de Laranjeiras, ela foi a primeira deputada estadual eleita de Sergipe, ocupando o cargo de maio de 1935 a 1937. A sua representatividade foi utilizada como modelo na luta protagonizada por milhares de mulheres em outros estados brasileiros.

Em solenidade alusiva ao Dia da Mulher, nesta última quarta-feira (8), cenário em que contou com a representação municipal feminina, total de 15 prefeitas, e as cinco parlamentares do Poder Legislativo, a  deputada Maísa Mitidieri (PSD) destacou o avanço do processo de empoderamento e fortalecimento da trajetória feminina na conquista de direitos igualitários. “Vale ressaltar que nossa luta é antiga. Durante grande parte da História do nosso país, eram negados às mulheres os principais direitos políticos como o de votar e o de se candidatar”, destacou a deputada. Já o presidente da Alese, o deputado Jeferson Andrade (PSD) enalteceu a resistência feminina ao longo das últimas décadas, bem como a vasta qualidade funcional no dia-a-dia das respectivas atuações na política brasileira.

Mudança imediata

Sobre o machismo existente na sociedade nacional, o presidente pediu mudança imediata de postura. “Respeito, é o que precisamos nessa sociedade ainda machista; as mulheres sempre foram destaque em todas as áreas e em todas as situações. A Alese homenageia as nossas deputadas e as prefeitas sergipanas que se destacam não apenas na política, mas em todos setores. Nas últimas eleições vimos a presença de mulheres não apenas na Assembleia, mas na Câmara Federal com as deputadas Yandra Moura e Katarina Feitosa. A gente fica muito feliz com isso e pede que as mulheres se filiem, tomem conta dos partidos e sejam essas vozes que faltam na nossa política brasileira”, declarou.

O legado deixado pela Quintina Diniz se confunde com o de tantas outras sergipanas que enfrentaram – e seguem enfrentando –, o preconceito, a opressão e a luta pelo reconhecimento profissional, com a devida equidade salarial. Sinônimo de garra feminista, no início do século XX a sergipana Noélia Dias de Oliveira, natural da cidade de Rosário do Catete, de igual modo se dispôs a enfrentar as barreiras do machismo até se tornar a primeira vereadora do estado de Sergipe. A campanha da Alese segue firme na perspectiva de unir a luta do passado com a do presente. Esse intercâmbio de ações permitem que em um futuro breve as mulheres possam, enfim, ter voz mais ativa nas tomadas de decisões políticas.

 

Foto: Arquivo / Tribunal Superior Eleitoral (TSE)

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