Dezenas de sergipanos continuam desaparecidos para a angústia e desespero de familiares e amigos. A boa notícia é que poderão ser localizadas pela biometria de suas impressões digitais, o que será possível nos próximos dias quando o Estado de Sergipe fará parte do Sistema Biométrico Nacional de Identificação de Desaparecidos. Na manhã desta quinta-feira (12), o perito papiloscopista da Secretaria de Segurança Pública (SSP/SE), Jenilson Gomes, alertou na TV Alese, como as pessoas devem colaborar visando facilitar a localização dos seus entes queridos.
“Existe uma lenda urbana de que a comunicação à autoridade policial somente deve ser feita 24 horas após o desaparecimento. Mas a verdade é que tão logo o familiar ou alguém mais próximo constate o desaparecimento, deve comparecer a uma unidade policial para fazer um Boletim de Ocorrência e preencher o maior número de detalhes: número do RG da pessoa desaparecida se possível; data de nascimento; nomes do pai e da mãe; características físicas, tatuagens, brincos, pois quanto mais rápido o Estado tem conhecimento, mais rápido se torna a busca por esse indivíduo”, orienta.
Jenilson Gomes alertou que, caso a pessoa retorne ao convívio familiar, deve ser comunicado imediatamente à unidade policial em que foi prestado o Boletim de Ocorrência. “Caso a pessoa apareça, a família tem que comunicar imediatamente porque o Estado não para, a polícia não para e vai continuar procurando, portanto, a família deve informar imediatamente à mesma unidade policial em que comunicou o desaparecimento”, destaca.
Cadastro
Nos próximos dias, Sergipe adotará o c, que visa colaborar com os Institutos de Identificação nas buscas de pessoas declaradas; cadastrar a biometria das pessoas que tenham perdido a memória; confrontar impressões digitais de cadáveres sem identificação com as do banco de dados; promover a integração das buscas de desaparecidos em todo o território nacional, como desaparecidas, através da pesquisa biométrica na base de dados central do Sistema Automatizado de Identificação de Impressões Digitais – AFIS,
“Com isso, o Boletim de Ocorrência será encaminhado ao Instituto de Identificação para que o prontuário seja digitalizado e inserido no sistema. Aonde o cidadão aparecer no Brasil, o Estado e a família terão retorno.Mais de 60% dos desaparecidos no Brasil, fugiram de casa e não querem ser encontrados, mas com essa base é possível identificar com segurança através das impressões digitais, se fez um RG em outro Estado com outro nome, se deu entrada em uma delegacia, se infelizmente o corpo deu entrada em algum IML”, esclarece.
Jenilson Gomes completou: “O propósito desse sistema é exatamente otimizar a pesquisa ao redor do Brasil para as pessoas que fugiram de casa, mas que para as famílias, elas estão desaparecidas. Se alguém desapareceu há 20 anos, a foto talvez não seja tão interessante porque a pessoa muda muito, mas a digital é importante. Existe toda uma articulação com os Institutos de Identificação no país e com as com as digitais, vamos saber aonde essas pessoas estão, após a solicitação dos prontuários. Aonde esse cidadão por ventura utilizou a digital, nós vamos saber aonde estão os desaparecidos do Estado de Sergipe”.
Por Agência de Notícias Alese
Fotos: Jadilson Simões