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Pandemia abala o emocional dos profissionais de saúde

Por Aldaci de Souza – Rede Alese

A Covid-19, doença causada pelo Coronavírus, vem deixando os profissionais de saúde aflitos, principalmente os que trabalham em hospitais e nos Serviços de Atendimentos Móveis de Urgências (SAMUs). Em Sergipe, tanto o Governo do Estado, quanto a Prefeitura de Aracaju estão oferecendo serviços psicológicos. Mas os profissionais afirmam que o principal estresse nesse período de pandemia, tem sido o número reduzido de kits de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).

Além da sobrecarga já que os casos virais estão sendo tratados como suspeitos de coronavírus, os profissionais precisam administrar a tensão do dia a dia e a preocupação com a possibilidade de se contaminarem e transmitirem a doença para os familiares.

Emocional abalado

Enfermeira Emília Caetano: “Precisamos de mais kits de EPIs”

A enfermeira do SAMU de Sergipe, Emília Caetano, contou que ela e os colegas estão redobrando os cuidados, mas o sistema emocional fica mais abalado com a deficiência nos kits de EPIS.

“O estado está disponibilizando psicólogos para atender on-line os profissionais da saúde, mas o que mais está nos afligindo nesse momento é a falta de Equipamentos de Proteção Individual. Isso porque estamos cada vez mais propensos a nos contaminar. Compramos ganchinhos e colocamos nas unidades para pendurar os macacões e quando eu chego em casa, tiro toda a roupa na porta e coloco em um saco plástico; já deixo uma sandália na entrada para trocar, uso álcool em gel, enfim, estamos fazendo de tudo para não nos contaminar e para proteger nossas famílias”, relata.

A enfermeira destacou que tudo é muito novo ainda para a população e principalmente para os profissionais da Saúde, o que tem dificultado as atividades. “Estamos fazendo tudo o que está dentro das nossas possibilidades. Além dos ganchos para pendurar os macacões, colocamos avisos  para que ninguém adentre as bases usando botas e  colocamos fitas para delimitar espaços. Estamos trabalhando com uma coisa muito nova e precisamos de proteção a exemplo de macacões especiais e a falta acaba mexendo com o emocional dos profissionais de saúde”, reitera.

Macacão correto para trabalhar na pandemia

Em tempos de pandemia, os profissionais de saúde ficam sobrecarregados, não por causa dos plantões, mas pelo fato de que os números de pacientes com coronavírus continuam crescendo e os municípios ainda estão se adequando para atender a população contaminada. Com isso, eles chegam em casa mais cansados e mais estressados, temendo que o pior possa acontecer.

Isolamento Social

No estado de Sergipe, já são 45 casos da Covid-19 confirmados, com quatro óbitos, o que deixa os profissionais da saúde impotentes e redobrando os pedidos para que as pessoas fiquem em casa.

Várias campanhas estão sendo divulgadas nas redes sociais para que a população continue em isolamento social, visando barrar o avanço dos casos e proteger os profissionais que não podem trabalhar em casa (home-oficce), a exemplo de policiais militares, civis e federais; trabalhadores que realizam a limpeza nas cidades, jornalistas e principalmente médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, farmacêuticos, profissionais que trabalham em laboratórios, entre outros profissionais.

Atendimento psicológico

Medidas adotadas pelos profissionais do Samu

Para atender os profissionais de saúde, o Governo de Sergipe está disponibilizando serviços psicológicos. Com isso, o Setor de Humanização do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), está disponibilizando consultas psicológicas via on-line, realizadas em tempo real, em diferentes áreas de atuação da psicologia, por áudio, mensagens ou intervenções em processos individuais.

Os psicólogos Guilherme Fernandes e Marcelo Elias, conduzem o trabalho que visa o bem-estar e a qualidade de vida do profissional de saúde.“Esse é um momento importante para os trabalhadores do Huse, para isso, disponibilizamos nossos contatos de zap para os interessados marcarem um horário e termos esse momento via on-line direto para atender as demandas em termos de saúde mental do trabalhador nesse tempo de Covid-19”, destaca o psicólogo Guilherme Fernandes.

A Secretaria Municipal da Saúde (Aracaju) colocou em prática o Serviço de Apoio Psicológico Remoto, visando auxiliar as pessoas que estão em isolamento social durante a pandemia do coronavírus.

Profissionais capacitados estão com os efeitos que o período de quarentena podem causar na mente das pessoas, os fatores estressores associados à pandemia e às reações a exemplo da ansiedade, medo, pânico, preocupação intensa com a sua saúde e de familiares que podem ter sido expostos à covid-19; mudanças no padrão do sono e alimentação; aumento do uso de álcool, tabaco e outras drogas.

Aviso nas bases

Através do telefone de nº 3304-3599, as escutas qualificadas dos aracajuanos serão repassadas via aplicativo para os psicólogos que compõem a Rede de Atenção Psicossocial (REAP). Serão disponibilizados, no total, 34 profissionais, sendo 17 no turno da manhã (das 08h às 14h) e 17 no turno da tarde (das 14h às 20h).

Auxílio da Alese

Para auxiliar a Secretaria de Estado da Saúde no que se refere à aquisição de EPIs, os deputados estaduais de Sergipe vão liberar um total de 12 milhões de reais (500 mil reais de cada um parlamentar) – através de emendas impositivas – para a aquisição de equipamentos a exemplo de máscaras, álcool em gel, óculos de proteção e também de respiradores.

“Todos nós deputados estamos preocupados com essa situação da pandemia e com a realidade financeira do estado de Sergipe e vamos ajudar no que for necessário” enfatiza o presidente da Assembleia Legislativa de Sergipe, deputado Luciano Bispo (MDB).

A Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado da Saúde informou que os EPIs são disponibilizados semanalmente.

Fotos: Divulgação Arquivo Pessoal da enfermeira

 

 

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