O Núcleo de Produção Digital Orlando Vieira retorna às atividades em grande estilo na capital sergipana e no período de 28 de janeiro a 17 de fevereiro, estará realizando a Mostra do Cinema Sergipano: “Meu povo, meu chão, no Centro Cultural de Aracaju, Praça General Valadão.
Na manhã desta quinta-feira, 26, a coordenadora geral do Núcleo de Produção Digital, a jornalista Carol Westrup concedeu entrevista à TV Alese e destacou o processo de reestruturação do NPD, voltada para uma política de fomento à discussão de questões de identidade relacionadas à produção e ao desenvolvimento do setor audiovisual local e a reafirmação do entendimento do NPD Orlando Vieira como espaço aberto aos trabalhos produzidos em Sergipe.
“Vamos reestruturar o Núcleo para que volte a ser um espaço de formação e de fomento audiovisual. Quando o Núcleo foi criado em 2006, foi criado com toda uma estrutura de equipamentos, um projeto que envolve os estudantes, mas se distanciou um pouco da sua função. E a gente volta à cena para dar um suporte aos realizadores de audiovisual”, ressalta a coordenadora do Núcleo.
Quanto aos equipamentos encontrados no NPV, Carol Westrup explicou quem em 2006, ano que foi criado o espaço (na primeira gestaão do prefeito Edvaldo Nogueira), foram adquiridos equipamentos de ponta e de lá para cá não houve mais aquisição de novos, nem manutenção dos existentes.
“A tecnologia tem uma dinâmica muito própria e a gente precisa fazer com que o Núcleo resgate isso e tenha equipamentos de ponta. É um desafio para enfrentar, mas a gente está com muito gás e muita vontade de fazer e acontecer, a partir de uma filosofia muito clara: democratizar os acessos, os espaços, trabalhando de forma coletivizada. Não dá para diminuir. A gente tem o empenho do novo secretário da Cultura, Silvio Santos, que está nos dando muita autonomia para trabalhar e do próprio prefeito Edvaldo Nogueira, que criou o NPV sua primeira gestão e vai resgatar nesses quatro anos, por meio de uma sensibilidade, apesar da crise que a prefeitura vai enfrentar, mas tem a sensibilidade e o carinho desse resgate da identidade cultural”, enfatiza.
“As pessoas precisam conhecer as nossas produções locais, que são belíssimas. O audiovisual tem o papel fundamental. Temos curtas que falam sobre personalidades que fazem parte da nossa vida, da nossa história. Temos o papel de preservar a memória das pessoas que foram importantes para a nossa construção cultural.A nossa proposta é fortalecer a cena do audiovisual a partir das produções, retomar a política dos editais e a realização de cursos, iniciar as oficinas de audiovisual nas escolas pública municipais, fazendo com que os jovens mostrem a sua comunidade e se reconheçam”, completa.
Mostra
A Mostra do Cinema Sergipano será aberta no dia 28 de fevereiro, a partir das 10h30 na Sala de Exibições do Centro de Aracaju, com uma mesa de debates sobre os desafios do audiovisual sergipano. E contará com as presenças do professor do Mestrado Interdisciplinar de Cinema da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Romero Venâncio, do premiado ator sergipan, Orlando Vieira, da coordenadora do NPD, Carol Westrup e do presidente da Funcaju, Silvio Santos.
“Serão seis curtas metragens sergipanos e dois longas, selecionados pelo Núcleo de Produção Digital desde 2006 até agora. Entre os curtas, “Olhar do Outro Lado do Rio”, um curta belíssimo produzido pelos alunos do NPD no final de 2010, o olhar da Barra dos Coqueiros até Aracaju, que as pessoas precisam ver. E o longa Sargento Getúlio, cujo ator Orlando Vieira, foi premiado em Gramado, além do Senhor dos Labirintos, de Arthur Bispo do Rosário e que será exi ido na sexta”, conclui.
Por Agência de Notícias Alese
Foto: Jadilson Simões
