Por Milton Alves Júnior | Agência de Notícias Alese
Após se reunir com profissionais da enfermagem, a deputada estadual Linda Brasil (Psol), discursou na sessão do Pequeno Expediente indicando que permanecerá ao lado da classe trabalhadora na luta pelo respeito à Lei nº 14.434/2022, a qual instituiu o piso salarial nacional para enfermeiros, técnicos em enfermagem, auxiliares de enfermagem e parteiras. O encontro com os trabalhadores aconteceu no início da manhã de hoje na Assembleia Legislativa do Estado de Sergipe (Alese). Conforme inicialmente apurado pelos técnicos que compõem a atuação parlamentar de Linda, as empresas particulares permanecem sem respeitar o valor estipulado pela legislação federal. Durante o respectivo discurso a deputada criticou, de igual modo, acordos em andamento, os quais podem prejudicar em maior escala estes profissionais.
“Temos uma lei em vigor, mas que lamentavelmente as empresas particulares estão alegando ausência de condições para repassar esse direito constitucional. Paralelo a esse desrespeito com as trabalhadoras e os trabalhadores, há, ainda, um encaminhamento de acordo entre o sindicato e a administração privada, que delibera o repasse salarial no valor de R$ 1.800, e o pagamento do piso apenas daqui a cinco anos [2028]. Antes de iniciar esta sessão conversei com o grupo que está aqui presente, acompanhando nosso trabalho, e dei minha palavra que iremos sempre apoiar esta luta”, destacou. Nos instantes finais do Pequeno Expediente, Linda Brasil criticou a realização de assembleias trabalhistas em ambiente privado, com a presença do setor patronal.
Na concepção da parlamentar, agindo desta forma as entidades sindicais – responsáveis por defender os interesses dos trabalhadores –, acabam contribuindo para a aplicabilidade de atos envolvendo assédio moral e coação. “Realização de plenária dentro de hospitais é um erro que não pode ser cometido; estar diante dos patrões nesse momento de luta pela garantia dos direitos trabalhistas, é um indicativo claro na permissão de assédio moral; os empregadores podem se sentir confortáveis para coagir. Já conversamos com as enfermeiras e os enfermeiros, e vamos buscar diálogo com o Ministério Público do Trabalho (MPT), e com os sindicatos. Parabenizo à todas e todos pela manifestação realizada; podem contar com o nosso incondicional apoio”, completou Linda.
Consciência
Já no decorrer da sessão do Grande Expediente, a deputada reverenciou a realização do 11º Projeto da Consciência Negra – Cuidando da Consciência para Perseverar na Resistência, realizado na terça-feira, 21, na Comunidade Quilombola Cantagalo, município de Capela. “Quero aqui agradecer ao convite que nos foi feito, e falar da necessidade de expandir este tipo de atividade e diálogo social. Na Escola Municipal Professora Débora Cruz Santos participamos de uma roda de conversa onde a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB Seccional Sergipe), abordou o tema racismo, e, nós, debatemos de forma construtiva e humanista sobre as diversidade de gênero. Um evento bastante produtivo, onde nos deparamos com problemas que precisam ser solucionados na comunidade”, disse.
Entre estas denúncias apresentadas à deputada, está a qualidade da água que é fornecida para as famílias. Conforme apresentado pelos contribuintes – inclusive ofertando uma amostra –, o líquido é utilizado para consumo humano, dos animais, preparo de refeições e demais demandas diárias. “Uma água suja, distribuída em carro pipa, para consumo das pessoas e preparo de comida. Quem fornece não é a Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso); quem operacional esse sistema é o Serviço Autônomo e Água, uma empresa que sabe das críticas porque há vários anos os consumidores pedem melhoria, mas não são atendidos. Esta demanda nos foi apresentada, e garanto que continuaremos estudando a denúncia para que o serviço seja qualificado”.
Fotos: Joel Luiz | Agência de Notícias Alese
