Palestra sobre “Reforma da Previdência, Terceirização e o impacto junto aos trabalhadores da Enfermagem” lotou o plenário da Assembleia Legislativa de Sergipe – Alese – nesta terça-feira, 11, durante sessão no grande expediente. Essa discussão aconteceu por indicação do deputado Moritos Matos (PROS). “Desde o dia que fui procurado pelos representantes do Conselho Regional de Enfermagem de Sergipe – Coren/SE – coloquei-me a disposição da categoria para trazer a esta Casa essa importante discussão. Porque é necessário que a população se mobilize. Afinal, essa reforma trará graves prejuízos, principalmente para o povo mais humilde”, pontua o deputado Moritos Matos.
Matos: “É preciso acompanhar o trabalho dos políticos eleitos”
De acordo com Matos, durante a Campanha eleitoral nenhum parlamentar diz que votará contra o povo, mas na hora que passa a exercer algum cargo essa situação muda de figura. “É preciso acompanhar o trabalho dos políticos eleitos, porque assima população poderá analisar quem vota a favor e contra o povo. Mas lamentavelmente apenas 20% da população vota de forma consciente, os outros só Deus sabe como votam”, enfatiza o deputado Moritos Matos.
O parlamentar agradeceu a presença das duas palestrantes, a presidente do Conselho Regional de Enfermagem de Sergipe – Coren/SE -, Maria Cláudia Tavares de Mattos e da vice-presidente do Conselho Federal de Enfermagem – Cofen -, Irene do Carmo Alves Ferreira. “Quero agradecer a Maria Cláudia e a Irene do Carmo por trazerem esse tema com tanta propriedade para esta Casa e reafirmo meu compromisso com a categoria. Estou a disposição do Coren e do Cofen para o que precisarem”, afirma o deputado Moritos Matos.
Deputado com as palestrantes e participantes do evento. Foto: Andréa Oliveira
Segundo a vice-presidente do Cofen, Irene do Carmo, a Reforma da Previdência de ser uma preocupação de toda a população. “Para a classe de Enfermagem do Brasilo problema vai além da Reforma geral. Isso modifica o direito à aposentadoria especial, destinada a exposição dos agentes biológicos, químicos e físicos. No nosso caso, seria um adicional de insalubridade. Nessa mudança a aposentadoria muda para 55 anos a idade mínima, independentemente do tempo em que o agente foi exposto”, explica Irene.
No final do discurso, a vice-presidente do Cofen, Irene do Carmo citou uma frase de Rui Barbosa: ‘quem não luta pelos seus direitos não é digno deles’. “Se você é digno de ter uma aposentadoria, lute por ela. Agradeço ao deputado Moritos Matos pelo espaço que nós deu para debater esse importante tema. Porque sem enfermagem não há saúde. Somos quase 2 milhões, registrados pelo Cofen e representamos a segunda maior categoria de mão de obra de trabalho do Brasil e a primeira na área da saúde. Estamos juntos nessa luta e o Coren Sergipe tem o nosso total apoio”, enfatiza Irene do Carmo.
Presidente do Cofen
A segunda palestrante do dia foi a presidente do Conselho Regional de Enfermagem de Sergipe – Coren/SE -, Maria Cláudia Tavares de Mattos, que durante todo o discurso abordou a situação da classe em Sergipe, desde a carga horário de mais de 12 horas de trabalho, da falta de local adequado para descanso da categoria e até mesmo do valor pago aos servidores terceirizados. “Nossa categoria em Sergipe é formada por quase 20 mil profissionais. Temos 87,11% dos trabalhadores do sexo feminino. E a taxa de desemprego da categoria é de 8.6%, que é muito alta. Precisamos dizer não a essa reforma. E os deputados devem representar a voz do povo”, afirma Maria Claúdia.
Presidente do Coren
Participaram da palestra mais de 120 pessoas, entre alunos de enfermagem da Faculdade de Sergipe – Fase -, da Faculdade Maurício de Nassau, do curso técnico do Ceas, enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem. Além de representantes do Cofen e do Coren-SE. “Que esse debate possa ecoar nas ruas, possa gerar um debate e ajudar o povo a entender sobre os impactos dessa Reforma da Previdência, não só para os trabalhadores da enfermagem, mas para todas as categorias. Cadê o panelaço nas ruas? Nem mesmo uma pequena frigideira se encontra nas mãos da população. A luta deve ser de todos e o povo precisa participar dela”, pontua o deputado Moritos Matos.
Por Assessoria Parlamentar
Fotos: Jadilson Simões/Andréa Oliveira
