Por Assessoria Parlamentar
Para deputada, Governo deveria estruturar unidades de ensino para garantir condições para professores e alunos
A deputada Maria Mendonça (PSDB) criticou o Projeto de Lei 5595/2020, aprovado pela Câmara dos Deputados, colocando as escolas no rol de serviços essenciais e proibindo a suspensão de aulas presenciais durante pandemias e calamidades públicas. Abrem-se exceções quando houver critérios técnicos e científicos colocados pelo Poder Executivo em justificativa para as condições sanitárias do Estado ou Município.
Para ela, o Governo deveria estruturar as unidades de ensino e oferecer as condições necessárias para que professores e alunos possam exercer as suas atividades de forma remota. “De um lado os professores ficam angustiados porque os alunos não conseguem acompanhar as aulas, pois não dispõem de uma boa conexão de internet e nem de aparelhos, como tablets, computador ou celular”, disse Maria.
Ao rechaçar o discurso do líder do Governo, deputado Ricardo Bastos (Progressistas-PR) que chegou a dizer que “os professores não queriam trabalhar” durante a pandemia da Covid-19, Maria ressaltou que os profissionais querem condição de trabalho para não se expor aos riscos de serem contaminados pelo coronavírus e, também, contaminarem alunos e colegas que estão nas escolas.
“Os alunos não acompanham as aulas remotas pelo fato de não terem condições para isso. Se houvesse uma estrutura montada e propícia para todas as partes, eu tenho certeza que cada um envolvido nesse processo estaria participando”, defendeu Maria, ao se somar à fala do colega Iran Barbosa (PT) e pedir autorização para subscrever a Moção de Repúdio apresentada pelo parlamentar contra a propositura aprovada.
“É lamentável a aprovação de uma Lei como essa. Essa Moção de Repúdio deve ser subscrita por todos aqueles que entendem e pensam a educação com a valorização do seu profissional e dos envolvidos nela”, declarou. Para Maria, “quem faz a educação é o professor e o aluno. É importante ouvir esses dois lados”, enfatizou.
Foto: Divulgação Ascom