Por Assessoria Parlamentar
A deputada Maria Mendonça (PSDB) protocolou uma Moção de Apelo, endereçada ao coordenador da bancada federal sergipana, deputado Bosco Costa, para que mobilize os senadores e deputados federais por Sergipe para votarem contra a privatização da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. “Não tenho dúvidas que sofreremos, caso essa instituição seja privatizada. O papel dos Correios para os órgãos municipais, estaduais e federais, e para a sociedade civil é importante em demasia. Privatizá-lo só nos trará prejuízo”, argumentou.
De acordo com a parlamentar, a privatização da instituição pode atingir significativamente a população brasileira, pois a iniciativa privada não teria interesse em fazer entregas e oferecer serviço em lugares muito distantes em virtude do preço. “Isso não é um problema só para a população desses pequenos municípios, que vão deixar de contar com uma agência tão importante. É problema, também, para aqueles funcionários dessas localidades que terão os seus empregos comprometidos”, opinou Maria.
Outro ponto mostrado pela deputada diz respeito às Unidades Unipessoais, que já estão sendo implementadas como uma espécie de preparação para o processo de privatização. “Inúmeras agências de todo o país estão sendo transformadas nesse tipo de Unidade. Isso quer dizer que, em algumas localidades do Brasil, não haverá mais carteiro, nem atendimento integral às pessoas. Haverá somente um funcionário para atender e distribuir todas as encomendas para a cidade inteira. Os trabalhadores excedentes estão sendo realocados, porém, não há nenhuma certeza de apoio para eles”, falou.
Para Maria, é importante se ter em mente o que diz o inciso X do artigo 21 da Constituição Federal. “Compete à União manter o serviço postal e o correio aéreo nacional”, relembrou. “Os Correios, como uma empresa pública, além de exercerem um importante papel na regulação do setor logístico para a distribuição de encomendas, também garantem uma política de preços e tarifas justas e acessíveis. Isso nem sempre é possível quando se trata de instituições privadas”, complementou a deputada.
Foto: Joel Luiz