Como parte das ações para fortalecer a participação popular na construção de políticas públicas, a deputada estadual Linda Brasil (Psol) cumpre a agenda “Março das Mulheres”. A iniciativa da sua mandata amplia o diálogo com comunidades, movimentos sociais e com a sociedade civil para construir estratégias de enfrentamento ao machismo, racismo e violência de gênero, considerando o período simbólico de luta pelos direitos das mulheres.
Presidenta da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese), Linda Brasil reforça, a partir dessa programação, seu compromisso com a democracia e a promoção da justiça social. “Temos uma agenda ampla de escuta da população, garantindo que as demandas das mulheres cheguem ao centro do debate político. Esse é um mês de luta e reafirmação das nossas pautas para combater o machismo estrutural, que precariza a vida de tantas mulheres”, declarou a parlamentar.
Na última quinta-feira (13), a programação reuniu, na Casa Linda Brasil, mulheres trans e travestis de movimentos sociais para debater estratégias que possam promover empregabilidade, saúde, enfrentamento à violência e acesso à educação em Sergipe. Os principais desafios enfrentados no dia a dia da população trans foram debatidos na ocasião.
A vice-presidenta da Associação de Direitos Humanos e Cidadania LGBT – Astra –, Maria Eduarda Marques, destaca a importância do evento no processo de transformação social, considerando as demandas urgentes da população de travestis e transexuais, principalmente no que se refere aos aspectos de abrigamento. “Sabemos que existem grandes dificuldades para o abrigamento dessa população e os problemas enfrentados pelas meninas que estão em situação de privação de liberdade, assim como pelas egressas desse sistema prisional, que não têm lugar para onde ir por conta de todo um contexto estigmatizador já sofrido pela sua vivência”, contextualizou.
No que se refere à saúde, a representante da Astra também levou ao debate a necessidade de ampliação no atendimento, com expansão de serviços ambulatoriais para a capital, diante da sobrecarga registrada no ambulatório trans do município de Lagarto. “É preciso trazer essa realidade para Aracaju, por ser a capital”, cobrou.
Para a representante da Associação e Movimento Sergipano de Transsexuais e Travestis– AMOSERTRANS –, Geovana Soares, que também integra o Grupo de Trabalho Direitos Humanos da mandata Linda Brasil, “Essa reunião hoje foi extremamente importante para a gente dialogar com os movimentos organizamos de pessoas trans e travestis em Sergipe, para fazer esse processo de escuta e construir uma mandata de fato participativa, com o apoio desses movimentos, trazendo suas demandas e também apresentando o que a gente já tem construído para a população LGBT+”, considerou.
Além da roda de conversa realizada com os movimentos de mulheres trans e travestis de Sergipe, a programação inclui reuniões com mulheres marisqueiras, catadoras de mangaba, mulheres do campo, pesquisadoras e mulheres que atuam na área jurídica. Os debates contemplam, ainda, a violência política de gênero. As datas das reuniões e demais atividades são divulgadas pelas redes sociais (@lindabrasil).
Foto: Divulgação Ascom