Por Ascom Parlamentar
Por quatro anos o deputado estadual Luciano Pimentel usou a tribuna da Assembleia Legislativa para manifestar sua inquietação diante dos baixos números da Petrobras em Sergipe e cobrar uma reação por parte da estatal. Nesta quinta-feira, 26, durante explanação do presidente do Sindipetro AL/SE, Bruno César Dantas, o parlamentar afirmou que a queda no processo produtivo da companhia petrolífera é registrada desde 2015.
Com base em dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o deputado demonstrou uma redução constante na produção de petróleo em Sergipe. “Desde 2015 podemos verificar essa política de desinvestimento da Petrobras. Em 2014, entre terra e mar, Sergipe produziu 14.971 milhões de barris, no ano de 2015 passamos para 12.590 milhões e no seguinte seguinte para 10.900 milhões. Já em 2018 esse número caiu para 6.627 milhões e até julho esse valor foi de 3.091 milhões. Se fizermos um cálculo, em média, chegaremos ao final do ano com pouco mais de 5 milhões de barris”, explicou.
Ao rememorar a época em que atuou na Caixa Econômica, Luciano Pimentel destacou que o município de Carmópolis é um grande exemplo dos problemas gerados pela desarticulação da cadeia produtiva de petróleo. “Recordo que busquei um espaço para instalar uma agência da Caixa em Carmópolis e encontrei dificuldades, pois não havia local disponível. Hoje, quando você vai ao município, é maior a facilidade de obter imóveis para locação. E
isso é um dos reflexos do desinvestimento da Petrobras na cidade”.
Reafirmando seu compromisso com a questão, o parlamentar enfatizou que continuará fazendo a defesa intransigente do tema com objetivo de garantir a manutenção da sede administrativa da estatal em Sergipe. “Nós não estamos aqui fazendo um discurso para agradar ninguém, estamos lutando para que esses trabalhadores não precisem deixar a vida que construíram. Não podemos admitir a saída da Petrobras de Sergipe, porque ela é
fundamental para economia e o desenvolvimento do nosso Estado”.
Para Luciano Pimentel, é necessário mobilizar esforços no sentido de reverter a possibilidade de fechamento da companhia. “Não podemos politizar esse tema. Nós precisamos agregar todas as autoridades e entidades. Devemos estar juntos, parlamento estadual, federal, executivo, sociedade civil e sindicatos. Todos unidos com o mesmo
propósito”.
Foto: Divulgação Ascom