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Linda Brasil volta a cobrar reabertura de negociação entre governo e professores

Na Sessão Plenária da Assembleia Legislativa do Estado de Sergipe (Alese), desta terça-feira (17), a deputada Linda Brasil (PSOL) voltou a cobrar a reabertura das negociações entre o governador Fábio Mitidieri e os representantes do Sindicato dos Trabalhadores na Educação do Estado de Sergipe (Sintese).

Deputada Linda Brasil

“Mais uma vez vou falar sobre o descaso do Governo do Estado em relação a nossa educação pública. Na última sexta-feira, o governador Fábio Mitidieri deu mais uma demonstração de desrespeito com as professoras e professores da rede estadual de ensino. O presidente do Sintese, Roberto Silva, estava cumprindo mais uma agenda de mobilização e foi ao Centro de Convenções aqui em Aracaju, onde o governador estava.  O objetivo era de sensibilizá-lo para a reabertura da negociação, que vem desde o ano passado, a categoria não recebeu nem reajuste, nem descongelamento das gratificações”, ressalta.

A parlamentar lamentou o fato de o governador ter orientado o sindicalista a procurar o secretário de estado da Educação, Zezinho Sobral. “A resposta do governador foi: ‘Não. vá conversar com Zezinho’, dando as costas a Roberto deixando o presidente do sindicato falando sozinho. Essa cena é lamentável e demonstra todo o descaso com o magistério público. Eu sei que era o momento que ele estava em outra agenda, mas custava dialogar ou pelo menos tentar marcar? Nós somos figuras públicas; eu mesma quando estou nas ruas, várias pessoas vêm conversar comigo e não só representantes de categorias e eu faço questão de ouvir porque tem a ver com a vida pública”, enfatiza.

Linda Brasil acrescentou que o Sintese representa toda a categoria do magistério.

“Fábio Mitidieri, respeite as professoras e professores do nosso estado; e faça o seu papel de ouvir e atender as demandas do povo. É lamentável essa situação; isso demonstra a postura desse governador privatista e sem diálogo que seu maior interesse é fortalecer o setor empresarial aqui do nosso estado, enfraquecendo os serviços públicos, como a saúde, entregando a direção aos familiares sem experiência técnica; como a educação, em que todas as escolas que visito, as pessoas dizem que esse é o pior secretário da educação, pois não conhece nada e a única coisa que faz é reformar as escolas. Isso também vem acontecendo em outros setores como saneamento básico, vendendo a Deso por 4,5 billhões e a cultura, que em Tobias Barreto eles demonstraram descaso. Isso mostra um governo que não está preocupado com os serviços públicos. Mitidieri respeite a educação pública porque ele salva, transforma e prepara uma sociedade consciente”, reitera.

Contraponto

Deputado Luiz Fonseca

Sobre o assunto, o deputado Luiz Fonseca (PP), destacou: “Eu estava ouvindo o pronunciamento da deputada e quero dizer que o governador do estado encaminhou para a pessoa certa, ou seja, o secretário de Educação, que é quem cuida dos interesses da educação; e naturalmente depois dessa conversa, as coisas serão encaminhadas ao governo para que haja sem dúvida nenhuma o entendimento para a classe educacional do nosso estado. Com relação à educação, eu tenho certeza que nunca se viu tantos investimentos como nós estamos vendo na área. Pelo menos no município de Boquim, onde eu acompanho mais de perto, as escolas foram reformadas, ampliadas, climatizadas e dando um maior conforto à toda classe estudantil”.

Violência

Ainda na sessão, a deputada Linda Brasil contou que na semana passada recebeu no gabinete, Alexsandro Assis, irmão de Aislan Assis, assassinado no último dia 4 de setembro. “Quando a violência parte do estado, é mais agravante porque são profissionais que deveriam proteger e garantir a segurança. Aislan Assis foi morto por dois policiais civis no município de Itabaiana e eu trouxe um vídeo com a indignação de Alexsandro Assis relatando que o irmão foi avejado por dois projéteis de arma de fogo por dois policiais, em frente ao local de trabalho”, cita.

No vídeo, Alexsandro afirma: “Meu irmão trabalhava de carteira assinada, morava no mesmo bairro que nasceu, não tinha antecedentes criminais e não portava armas de fogo. Segundo o relato, as informações do delegado são de que pesavam sobre a vítima a ligação crime em uma cidade vizinha, só que nunca foi chamado a justiça para responder por qualquer coisa e não se negaria. Ele entende que várias normas dos Direitos Humanos foram violadas, com o direito à vida negado e a presunção de inocência, negada, morrendo sem saber do que era acusado. Itabaiana é a quinta cidade onde a polícia mais letal segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública. A gente quer resposta, a gente quer entender o que houve para que os responsáveis sejam culpabilizados e meu irmão tenha a justiça que ele não teve em vida”.

A parlamentar disse ter ficado muito emocionada com o  relato. “Eu não conhecia Alexsandro e ele disse que já me acompanhava há muito tempo. Ele é um rapaz gay que saiu de Itabaiana e foi morar em São Paulo; a mãe disse que temia pela vida dele porque ser LGBT em um país, a gente tá com uma sentença de morte e o Brasil é o país que mais mata LGBT. Ele trabalha em uma empresa que presta serviço à Petrobras e recebeu o telefonema da cunhada e disse que o chão caiu, pois nunca imaginou que Aislan, um trabalhador fosse assassinado covardemente na frente da empresa e o delegado dizer que recebeu um ou dois disque-denúncia, sem fazer apuração. Infelizmente isso acontece com a população periférica. Aqui em Sergipe temos pessoas que se acham justiceira, que tem foto no perfil com arma em punho sem respeitar a polícia civil, que é séria e investigativa. Dizer que existe crime em outra cidade, mas não existe nada na ficha. Estamos diante de mais um caso em que a polícia mata um jovem sem nem perguntar o seu nome e sem garantir o direito à defesa”, enfatiza.

Foto: Joel Luiz/Alese

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