A deputada Linda Brasil (PSOL), falou na Sessão plenária desta Quinta-feira (13) na Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese) sobre o ato dos professores da rede estadual de ensino realizado na porta do Tribunal de Contas do Estado (TCE/SE). Na tribuna, ela citou os nomes dos municípios que não atualizaram os valores do Piso Salarial Profissional do Magistério.
“Hoje eu estive acompanhando o ato dos professores e das professoras de 26 municípios sergipanos que ainda não cumpriram a atualização do Piso Salarial de 2024, conforme estabelece a Lei Nacional 11.738 de 2008. A categoria pede aos conselheiros do Tribunal de Contas que intervenham junto às prefeituras e exijam a atualização nominal do Piso Salarial 2024; e o valor para esse ano foi estabelecido pela portaria 61 do Ministério da Educação é de 4 mil 580 reais e 57 centavos e 26 municípios não atualizaram”, destaca.
Linda Brasil lembrou que se não houver uma atualização até o próximo dia 30, os prefeitos não poderão mais fazer, em virtude do período eleitoral, acumulando para os próximos gestores. “Os municípios que não atualizaram os valores do Piso foram Santa Luzia do Itanhy, Itabaianinha, Tomar do Geru, Pedrinhas, Salgado, Tobias Barreto, Cumbe, Feira Nova, Gracho Cardoso, Gararu, Itabi, Poço Verde, Porto da Folha, Carmópolis, Divina Pastora, Japaratuba, Pirambu, Barra dos Coqueiros, Santana do São Francisco, Amparo do São Francisco, Cedro de São João, Propriá, Neópolis, Pacatuba, Itaporanga D’Ajuda e Aracaju, Espero que esses prefeitos valorizem os professores valorizando o Piso Salarial da categoria”, enfatiza lembrando que o Piso pode ser solcitado ao Ministério da Educação.
Cirurgias
No Grande Expediente, a parlamentar falou sobre a falta de cirurgias buco maxilo faciais no Hospital de Urgência de Sergipe, Governador João Alves Filho. “Assisti ontem à noite, uma matéria na TV Sergipe mostrando o drama de pacientes e familiares. As pessoas estão lá aguardando há mais de mês para serem submetidas às cirurgias porque não têm materiais. Isso é muito grave porque quanto mais demora, os pacientes correm o risco de quebrarem novamente os ossos e também de calcificar”, alerta.
A parlamentar observou que além desse risco, as pessoas ficam ocupando os leitos que poderiam estar sendo usados por outros pacientes. “São muitas questões que poderiam ser evitadas se houvesse um planejamento. A informação é de que houve uma falha da empresa que fornece os insumos, quanto à documentação para liberar o dinheiro e comprar os materiais. E por que essa empresa é recontratada. Os integrantes da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa precisam se reunir, pois a gente vê notícias como essa veiculada pela TV Sergipe com vários relatos, quase todos os dias e a comissão não se reúne para chamar o secretário e discutir o que pode ser feito. É notório que é uma questão de gestão pois dinheiro tanto para a saúde como para o magistério, existe”, lamenta.
Em aparte do deputado Luciano Pimentel (PP) disse que o Huse é um hospital que tem uma demanda muito grande, atendendo pessoas dos estados de Sergipe, Bahia e Alagoas, sem discriminação.
“É usual a gente estar passando pelas rodovias e encontrar ambulâncias com nomes de prefeituras de municípios como Cícero Dantas, Jeremoabo, Fátima, Paripiranga e o Huse que que deveria ser apenas de média e alta complexidades, por uma deficiência de municípios, inclusive Aracaju, os atendimentos vão quase que unanimimente para o Huse e isso realmente tem uma dificuldade. A informação é de que houve um problema operacional que já está sendo regularizado desde ontem (12), essas cirurgias já haviam sido iniciadas”, afirma reconhecendo o trabalho dos profissionais do maior hospital público de Sergipe, ressaltando os serviços prestados pela unidade de saúde e elogiando a gestão no Huse.
Foto: Jadilson Simões/Alese