A deputada estadual Linda Brasil (Psol) denunciou, nesta quarta-feira ,12, o quantitativo insuficiente de profissionais papiloscopistas no Instituto de Identificação Wendel da Silva, em Sergipe. Mesmo com a realização do concurso público da Coordenadoria-Geral de Perícias da Polícia Científica de Sergipe (COGERP/SE), o número de candidatos aprovados que foram nomeados até o momento não atende a real demanda do estado.
Em diálogo, na última terça-feira (11), com a comissão de aprovados no concurso, Linda Brasil verificou a necessidade de investimento e atenção por parte do Governo do Estado. “Vemos o governo publicizar enfaticamente a realização de concursos, mas que não atende a real demanda da população, tendo nomeado um número insuficiente de profissionais”, frisou.
Atualmente, o Instituto de Identificação Papiloscopista Wendel da Silva oferece atendimento em 70 postos de identificação espalhados pelo estado, devendo existir, ao menos, um papiloscopista por unidade. No entanto, segundo a comissão dos aprovados, 42 desses postos estão inoperantes por falta de profissionais, o que compromete o serviço de emissão de identidades e outras atividades essenciais da perícia.
O concurso público foi realizado para preenchimento de 10 vagas imediatas, além da formação de um cadastro reserva de 90 candidatos. Apenas 75 candidatos foram classificados, e, desses, apenas 19 foram nomeados até o momento, deixando 56 profissionais aptos à convocação.
De acordo com a comissão de aprovados, a emissão de Carteiras de Identificação (CINs) tem sido realizada, no Instituto, por profissionais terceirizados, atribuição destinada, por lei, ao papiloscopista. “Dialogamos com esse grupo de aprovados e reforçamos, com isso, o nosso compromisso com a classe trabalhadora e atenção à população que precisa ter suas demandas atendidas, com um serviço público de qualidade”, salientou Linda Brasil.
Entre as atividades exercidas pelo papiloscopista estão a emissão de documentos e outras fundamentais para a segurança pública, como a identificação de suspeitos em delegacias, a coleta de impressões digitais em locais de crime e a necropapiloscopia – identificação de vítimas fatais. “Essas são funções essenciais para a promoção da segurança pública e da justiça”, reforçou a parlamentar.
Foto: Divulgação Ascom