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Lei de Gualberto reafirma São Cristóvão como ‘Cidade Mãe de Sergipe’

Por Assessoria Parlamentar

Os deputados estaduais aprovaram na sessão desta quinta-feira (18) um projeto de lei de autoria de Francisco Gualberto (PT) que confere à Cidade de São Cristóvão o título de “Cidade Mãe de Sergipe”. “Esse projeto de lei valoriza a história e a cultura de São Cristóvão. Coloca em lei complementar uma realidade que já existe. Todos nós sabemos que São Cristóvão foi a cidade por onde tudo começou em Sergipe, e também foi a primeira capital do Estado. É uma cidade cujo patrimônio arquitetônico, por si só demonstra a sua importância para Sergipe, mas por outras questões, a cidade deixou de ser capital e Aracaju assumiu esse papel”, disse o deputado sancristovense, nascido no povoado Caípe Velho.

Na justificativa do projeto, aprovado por unanimidade, Francisco Gualberto explica que o historiador Adailton Andrade, membro do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, e membro também do Movimento Cultural Antônio Garcia Filho da Academia Sergipana de Letras e Acadêmico da Academia Sancristovense de Letras e Artes, havia escrito um importante texto sobre a pertinência do título de “Cidade Mãe de Sergipe” para São Cristóvão.

“Em sua obra, o historiador destaca a fundação de São Cristóvão em 10 de janeiro de 1590 pelo capitão português Cristóvão de Barros, a primeira cidade de Sergipe e a quarta surgida no Brasil, depois de Salvador, Rio de Janeiro e João Pessoa. Destaca que, a princípio, São Cristóvão foi erguida mais próxima ao litoral, perto da foz do Rio Vaza-Barris, e entre 1595 e 1596 foi transferida como medida de segurança contra uma possível invasão da França, sendo mudada para uma elevação próxima à barra do Rio Poxim, e posteriormente, sem que esteja elucidada a motivação, foi transferida em 1607 para a sua atual localização”, justificou o deputado.

“Portanto, é justo o título de “Cidade Mãe de Sergipe” por ser a localidade onde tudo começou para o Estado, com inegável legado histórico e cultural, constituído nos seus monumentos religiosos, no nome da cidade, na sua arquitetura com influência portuguesa e espanhola, no nome das pessoas de acordo com o dicionário do Sancristovense Armindo Guaraná, nos registros comprobatórios nos estudos e pesquisas de Felisbelo Freire, Maria Téthis Nunes, Ivo do Prado e tantos outros”.

De acordo com Gualberto, até na publicidade que a prefeitura faz buscando conscientizar a população no combate ao coronavirus, está lá escrito: a cidade mãe de Sergipe. “Frequentadores que não são da cidade também têm conhecimento dessa referência histórica a São Cristóvão. Portanto, não temos a intenção que essa referência seja apenas um reconhecimento do atual prefeito Marcos Santana, mas que seja um reconhecimento legal da história e colocada em lei de forma que ultrapasse os governos”, disse o parlamentar.

O deputado informou ainda que é intenção do atual prefeito Marcos Santana colocar o título na Lei Orgânica da cidade, para que essa referência ao valor histórico de São Cristóvão esteja em documentos entranhados, a nível estadual e municipal. “Portanto, não será uma questão do atual prefeito, e sim da cidade e sua importância histórica. Esse projeto pode não ter importância para muita gente, mas para quem sabe o que significa o registro de uma história dessas, percebe que se trata de algo muito importante e expressivo”.

Foto: Divulgação Ascom

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