Por Aldaci de Souza
A deputada Kitty Lima (Cidadania) fez um pronunciamento na sessão mista desta terça-feira, 25 na Assembleia Legislativa de Sergipe, para lamentar como foi feita a retirada dos ocupantes de um prédio à Av. Ivo do Prado, após a emisão de uma ordem judicial destinada a Ocupação João Mulungu.
“Não teve desfeito pacífico e nem o direito à moradia garantido. As famílias foram acordadas num domingo com o Batalhão de Choque e bombeiros, sem nenhum tipo de diálogo e negociação. Um cenário de conflito desenhado e eu solicito que a Alese se posicione quanto à garantia de direitos das pessoas. Os culpados têm salários gordos, têm auxílio-moradia, recebem diárias. Belivaldo e Edvaldo continuam omissos e a gente precisa que esta Casa se posicione, mediando esse tipo de negociação”, afirma.
Kitty acrescentou esperar que de forma extraoficial, que os membros das Comissões de Direitos Humanos e Cidadania, se reunam para discutir ações em relação à retirada das 70 famílias. “Estou apresentando um requerimento convidando representantes da Defensoria Pública, da OAB, Secretarias de estado e município de Assistência Social dos ocupantes, para uma audiência pública nesta Casa”, destaca.
Contraponto
O líder do Governo, deputado Zezinho Sobral (PODE), lembrou que a retirada das famílias do prédio ao lado da Alese, ganhou notoriedade.
“Eu trago um debate de muita importância, utilizando por base, a carência de habitação em Sergipe. Tivemos o programa Vida Nova, Casa Nova, no Governo Marcelo Déda, que chegou a fazer 12 mil habitações em vários municiípios sergipanos. Depois tivemos o Minha Casa, Minha Vida e hoje um fato como essa desapropriação nos faz refletir. Em Aracaju, temos mais de 3 mil famílias no aluguel social, necessitando de moradias e áreas críticas onde houve ocupações em áreas privadas e áreas públicas”, observa defendendo um programa de regarização fundiária com olhos para o pós-pandemia, estimulando a Construção Civil.
Foto: Jadilson Simões